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“A Arte de Perder” Muitas pessoas têm muito medo de perdas, inclusive eu. Mas, se você pensar bem, a que levam as perdas? Eles levam ao desenvolvimento da personalidade. Por exemplo, para que uma menina se torne mulher, ela precisa passar pela “perda” da virgindade, se estiver pronta para aceitar isso, então ela passa para um novo status - ela se torna mulher; Para que um homem se torne chefe de família, ele precisa passar pela “perda” - abandonar todas as mulheres do mundo em favor de uma, para nascer com um novo status. Para ser mãe, a gestante tem que “perder” o sentimento de ligação mais próxima que existe na vida, quando o filho está dentro dela e ela pode senti-lo a cada momento. Ela deve desistir dessa intimidade para ajudá-lo a superar essa recusa. Mesmo uma perda tão terrível e assustadora como a morte também leva ao progresso e ao desenvolvimento não apenas da personalidade, mas também do status. Ao mesmo tempo, o próprio falecido também se transforma e nasce na condição de lenda ou mito familiar, que será transmitido de geração em geração e, assim, desempenhará o papel de objeto de identificação. Agora o falecido é dotado de propriedades místicas, heróicas e às vezes mágicas. Um conhecido meu, ex-atleta, compartilhou comigo a história de sua “morte esportiva” em vida, quando foi contada em sua presença uma história cujo personagem principal era ele. Ao mesmo tempo, a história parecia não ser sobre ele, mas sobre alguma outra pessoa. Um conhecido disse que naquele momento percebeu que sua carreira esportiva havia acabado, como se ele não estivesse mais ali, restando apenas um mito. Assim, após a morte, o que resta de uma pessoa é um mito, uma história, uma história, que muitas vezes não tem nada em comum com uma pessoa real. Uma pessoa real morre e em seu lugar “nasce um herói mítico”, às vezes uma divindade que vale a pena adorar. Muitas vezes, junto com o corpo falecido, a ideia real da pessoa vai embora. O que resta são fragmentos de memórias, histórias e ficções. Como se esse homem não participasse de um experimento chamado “vida”, mas soubesse exatamente qual era o seu objetivo e qual era o sentido da vida. Junto com a pessoa, suas preocupações e dúvidas, ansiedades e incertezas vão embora. Em troca, o véu permanece na forma de um segmento limitado pelas datas de chegada e saída. Nossa vida consiste em um ciclo inextricável de “perdas/ganhos”, pois no momento em que uma pessoa perde algo, ela imediatamente ganha algo, apenas o foco de nossa atenção costuma estar concentrado na perda, e não na aquisição. Mas, por mais terrível e terrível que seja essa perda, a pessoa sempre recebe algo em troca, e a “arte de perder” consiste justamente na capacidade de aceitar tanto a perda em si quanto as coisas novas que são adquiridas com isso. Assim, a vida é um ciclo interminável de separações e encontros, perdas e ganhos. Afinal, sem separação não haverá encontro, e sem perda não haverá encontro!

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