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Acontece que há ansiedade e aceleração que nos torce tanto no dia a dia e nos afazeres que nos perdemos, perdemos o contato com o corpo. E ouvimos quando é impossível passar. E acontece que parece que são férias, um descanso, mas ele senta dentro do topo e gira suas rotações numa velocidade vertiginosa: “Bom, preciso comprar coisas, fazer uma lista, contar o dinheiro, agora vou vou para academia, senão minha bunda não é mais a mesma.. Preciso ir comprar creme e lavar o chão, aqui está completamente sujo, e que tipo de esposa sou eu que não consigo limpar... "E assim por diante. E acontece que relaxar não é nada emocionante. Isso é o que acontece quando nos valorizamos por alguma coisa. Não porque existimos. Mas por alguma coisa. Às vezes acontece que assim que largamos tudo e adoecemos, descansamos - e o marido fica mais grato e os filhos ficam mais calmos. Mas não de uma vez. E quando não há outras opções, parecemos que estamos encurralados - “temos que descansar”, por exemplo, quando estamos doentes, ou uma vez por ano nas férias. Mas e na vida cotidiana? E na vida cotidiana somos controlados pelo nosso topo - “agir”. A atitude é esta: “por mais que você tenha feito, tanto é o seu valor hoje”. E então ficamos como um esquilo na roda, constantemente ansiosos ou irritados por causa do cansaço e dos conflitos internos, não há energia suficiente - porque essa tensão é constante, no final realizamos menos do que queremos, mas queremos que eu seja valioso ! Mas nem sempre é possível realizar coisas suficientes nessas escalas para que eu seja valioso o suficiente para mim mesmo. E o objetivo da armadilha é que isso não acontecerá. Que a falta de autoestima continuará a dar origem a vários sentimentos: ansiedade, vergonha, raiva, insatisfação e assim por diante. E este é o mecanismo de aceleração - fugir desses sentimentos para onde já conheço há muito tempo. Há muito se sabe como posso GANHAR meu valor. Como sair deste círculo? Desacelerar. Reserve 10 minutos sem fazer nada e sem pensar nas coisas, se possível. Ou seja, apenas seja! Se isso não funcionar, observe sua respiração por 10 minutos. Ouça-o, conte suas inspirações e expirações. Concentre-se nas sensações do seu corpo. Isso não removerá a atitude nem fornecerá uma nova maneira de encontrar valor em si mesmo. Mas será o começo para ver o que está a acontecer e as mudanças associadas à desaceleração. Este trabalho é longo e profundo. Cada um tem seu próprio caminho, desde reações automáticas, cenários parentais habituais até os seus próprios. Nosso verdadeiro valor é que estamos vivos, que nosso corpo funciona, que estou aqui (não fazendo, mas sendo!). Não tenho que ganhar amor e valorizar, provar ou mostrar nada a ninguém. Basta-me estar: neste mundo, com estas pessoas, nesta cidade, preenchendo-a com a minha presença, os meus sentimentos, a minha atitude perante o que está a acontecer. Não preciso gritar para todo mundo sobre o que está acontecendo comigo; posso expressar meus sentimentos atribuindo-os a mim mesmo. Vim aqui para ser, para viver, para ser. E esta é a base sobre a qual se baseiam aspirações, desejos e assim por diante. Aí eu não vou me deixar levar por eles em forma de obsessão, não. Então eu sempre posso retornar ao estado de ser.

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