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Autor: Удачи всем ! Apoio ao curso de Psicologia Clínica, ULIM 2010-2011 APOIO DO CURSO DE PSICOLOGIA CLÍNICAPara alunos do terceiro ano da Faculdade de Psicologia Conteúdo TRANSTORNOS MENTAIS SEGUNDO DSM IV.. 4 Tema 1. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE.. 51.1. Apresentação geral. 51.2. Epidemiologia. 61.3. Pensamentos automáticos característicos de diferentes formas de ansiedade. 181,4. Tratamento 19 Módulo II. TRANSTORNOS DE ADAPTAÇÃO SEGUNDO DSM-IV.. 19 Tema 2. TRANSTORNOS DE ADAPTAÇÃO.. 192.1. Apresentação geral. 192.2. Epidemiologia. 202.3. Etiologia. 202.4. Diagnóstico DSM IV.. 202.5. Diagnóstico diferencial 212.6. Tratamento 21 Tema 3. TRANSTORNOS DE FACTO. 213.1. Apresentação geral. 213.2. Epidemiologia. 223,3. Etiologia. 233,5. Diagnóstico diferencial 233,6. Evolução e prognóstico da doença 243.7 Tratamento 24 Tema 4. TRANSTORNOS DISSOCIATIVOS.. 244.1. Apresentação geral. 244,2. Fatores predisponentes 264,3. Epidemiologia. 264,4. Tratamento 30 Tema 5. TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE. 315.1. Apresentação geral. 315.2. Epidemiologia. 315.3. Diagnóstico diferencial 375,4. Etiologia. 385,5. Abordagens aos transtornos de personalidade. 385,6. Evolução e prognóstico da doença 415,7. Tratamento 41 Módulo III. TRANSTORNOS PSICÓTICOS SEGUNDO DSM-IV.. 41 Tema 6. TRANSTORNOS PSICÓTICOS.. 416.1. Apresentação geral. 416,2. Epidemiologia. 436,4. Modelos etiopatogenéticos. 486,5. Fatores de risco. 496,6. Tratamento 49 Tema 7. TRANSTORNOS DE IMPULSO. 507.1. Apresentação geral. 507.2. Epidemiologia. 507.3. Etiologia. 557,4. Tratamento 55 Tema 8. Problemas de relacionamento.. 558.1. Apresentação geral. 558,2. Tipos de problemas de relacionamento. 558,3. Tratamento 568a. TRANSTORNOS DO SONO.. 568a.1. Classificação dos distúrbios do sono. 568b. Transtornos clínicos de crianças e adolescentes 59Bibliografia.. 60 TAREFAS PARA TRABALHO INDIVIDUAL.. 61 TRANSTORNOS MENTAIS SEGUNDO DSM IVPrincípios de utilização do DSM IV - Sistema de diagnóstico multiaxial Eixo I – neste eixo é passado o diagnóstico principal (transtornos mentais), exceto situações quando após o cadastro no eixo II apresenta a especificação “Motivo da consulta” ou “Diagnóstico principal” – podem aparecer vários diagnósticos, sendo o primeiro o principal – todos os transtornos são registrados neste eixo, exceto “Transtornos de personalidade”; “Retardo mental”, “Transtornos de impulsos não especificados”. Eixo II – transtornos de personalidade, retardo mental, traços de personalidade desadaptativos, mecanismos de enfrentamento desadaptativos e frequentemente utilizados são registrados neste eixo – às vezes, o diagnóstico neste eixo pode constituir o “Motivo para; consulta" ou "Diagnóstico principal"; Eixo III - as condições médicas gerais são registradas no eixo III; - refere-se a condições como: doenças infecciosas, neoplasias, doenças endócrinas, metabólicas, imunológicas, doenças dos componentes constitutivos do sangue, doenças do o sistema nervoso e os órgãos dos sentidos, distúrbios do sistema circulatório, distúrbios do sistema respiratório, distúrbios do sistema digestivo, distúrbios do sistema geniturinário, condições dermatológicas, problemas relacionados à gravidez, doenças do sistema muscular e ósseo, anomalias congênitas, lesões ou intoxicações por substâncias tóxicas OBSERVAÇÃO: Se o transtorno mental for considerado consequência direta de uma condição médica geral, ele é registrado no eixo I (“Transtornos mentais por condições médicas gerais”), repercutindo também a condição somática. eixo III. Eixo IV - neste eixo passam os estressores negativos e positivos (se for percebido que constituem ou levam a um problema; - em geral, são registradas condições que surgiram no máximo um ano antes do início dos sintomas, mas problemas de o passado mais distante também pode ser notado, se estes forem relevantes. OBSERVAÇÃO: Os problemas psicossociais e ambientais são geralmente anotados no eixo.IV, mas também no eixo I se forem causas diretas do transtorno mental (“Outras condições que podem ser alvo de intervenção terapêutica”) Eixo V – o índice de avaliação global é uma medida do nível geral de funcionamento – é; útil para planear a terapia, avaliar os efeitos da terapia, a antecipação dos resultados - a avaliação só é feita relativamente ao funcionamento/adaptação psicológica, social e ocupacional; dificuldades devido a limitações físicas ou ambientais não estão incluídas. Nota: Para todos os transtornos, é necessário: Avaliar o impacto das condições físicas concomitantes e do uso de substâncias; O diagnóstico clínico pressupõe que o funcionamento e a capacidade de adaptação do indivíduo na vida familiar, social e/ou profissional estão gravemente afetados. !![b] !![/b]!![b]Tópico 1. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE!![/b]!![b]1.1 Visão geral!![/b]Muitas vezes os termos ansiedade e estresse são usados ​​como sinônimos devido às semelhanças entre eles. Destacamos ainda alguns aspectos importantes a este respeito, a saber: - tanto o stress como a ansiedade envolvem o mecanismo da discrepância a nível cognitivo - enquanto no caso do stress as previsões sobre a realidade diferem do que realmente acontece, no caso do stress; ansiedade a discrepância está entre as exigências da situação e o que a pessoa pensa que pode fazer, resultando no sentimento de desamparo. Ansiedade é um termo que significa mudanças específicas em quatro níveis: subjetivo, cognitivo, comportamental e biológico/fisiológico. nível subjetivo - a pessoa descreve suas experiências como sentimentos de medo, catástrofe imediata, desamparo, horror – (1) o processamento desadaptativo e os conteúdos informacionais levam ao processamento preferencial de estímulos ansiogênicos no ambiente, ignorando estímulos neutros ou positivos; do ponto de vista afetivo; (2) a existência de discrepância entre o que a pessoa quer ou deve fazer e o que pensa que pode fazer; No nível comportamental - surge o comportamento de evitar situações provocadoras de ansiedade. No nível biológico - dominam as alterações induzidas pelo desequilíbrio do sistema nervoso vegetativo, com predomínio do simpático; aparecem simultaneamente nos quatro níveis, de uma forma que é consciente da pessoa. Consequentemente, existem os seguintes tipos de ansiedade, como resultado da combinação das alterações dos quatro níveis: Níveis1234567Subjetivo-cognitivoComportamentalBiológico+++++-+---++--+-+-+-++ mostra a presença de alterações nos respectivos nível - indica ausência de alterações de intensidade (clínica) consciente e significativa - Os padrões 1, 2, 3, 7 são específicos para pacientes que recorrem ao psicólogo ou psiquiatra, devido à experiência subjetiva negativa - Padrões 4, 5, 6 são específicos para pacientes que negam sofrer de ansiedade, sendo esses pacientes encontrados apenas em serviços internos (cardiologia, ginecologia, urologia, não psiquiatria) devido às alterações que ocorrem no nível biológico - O padrão 6 é representado por motor histérico; conversão, em que ocorre a paralisia mantida pela ansiedade - Padrões 1,4,5,7 são os que, a longo prazo, nas condições de transtornos de ansiedade não resolvidos, gerarão distúrbios psicossomáticos; 7, transtornos de ansiedade não resolvidos e crônicos serão duplicados por transtornos psicossomáticos. O padrão frequentemente encontrado na prática clínica é 1. Dependendo da forma como as manifestações interagem, aparecerão os transtornos incluídos na categoria "transtornos de ansiedade": (1) ataque de pânico. - é definido como um estado distinto, no qual ocorre o súbito aparecimento de sentimentos de medo, terror e desastre iminente. Estes estão associados a sintomas somáticos (palpitações, dores no peito, sensação de sufocamento) e ao medo de enlouquecer ou perder o controle;caracteriza-se por evitar ou suportar com extrema ansiedade algumas situações ou locais dos quais a saída pode ser difícil (ou constrangedora), ou nos quais é difícil obter ajuda caso a pessoa tenha um ataque de pânico, ou sintomas específicos de pânico ataque (3) transtorno de pânico sem agorafobia – é caracterizado pela presença de ataques de pânico recorrentes e inesperados e preocupações persistentes sobre eles (4) transtorno de pânico com agorafobia – é caracterizado por ataques de pânico recorrentes e inesperados e agorafobia; sem ataque de pânico - caracteriza-se pela presença de agorafobia e sintomas específicos do ataque de pânico, sem presença de ataques de pânico inesperados (6) fobias específicas - caracterizam-se pela presença de ansiedade de nível clínico, devido ao confronto com uma situação ou; objeto que causa medo; leva frequentemente à evitação comportamental do estímulo ansiogênico; (7) fobia social - caracteriza-se pela presença de ansiedade de nível clínico, devido ao confronto com determinada situação social ou de desempenho; leva frequentemente à evitação comportamental da situação ansiosa (8) transtorno obsessivo-compulsivo - caracteriza-se pela presença de obsessões (que produzem ansiedade ou angústia aumentadas) e/ou compulsões (com função de neutralizar a ansiedade (9)); transtorno de estresse pós-traumático - caracterizado pela revivência de um evento extremamente traumático, acompanhado de alta excitação e evitação de estímulos associados ao trauma (10) transtorno de estresse agudo - caracterizado pela presença de sintomas semelhantes aos do estresse pós-traumático, que; surge imediatamente após um evento extremamente traumático (11) ansiedade generalizada – caracterizada por um período de pelo menos seis meses de ansiedade e preocupação persistentes; (12) ansiedade devido a uma condição médica geral – caracterizada por sintomas de ansiedade que são a consequência direta; da presença de condição médica geral; entre as condições médicas associadas à ansiedade citamos: distúrbios endócrinos (hiper e hipotireoidismo, hipoglicemia, hiperadrenocorticismo, etc.); distúrbios cardiovasculares (embolia pulmonar, arritmia, etc.); (deficiência de vitamina B12, porfiria, etc.); distúrbios neurológicos (neoplasias, distúrbios vestibulares, encefalites, etc. (13) ansiedade induzida pelo consumo de substâncias - caracteriza-se por sintomas de ansiedade que são consequência direta da ingestão). de álcool, drogas, medicamentos ou exposição a substâncias tóxicas; (14) ansiedade previamente não especificada - caracteriza-se pela presença de sintomas de ansiedade, que, no entanto, não justificam a concessão de um dos diagnósticos anteriores: ansiedade de separação e esquiva fóbica. limitados ao contato sexual genital estão incluídos nas categorias "Distúrbios clínicos da criança e do adolescente", respectivamente "Distúrbios sexuais e de identidade sexual".!![b]1.2 Epidemiologia !![/b]!![b]1.2.1 . ATAQUE DE PÂNICO (com e sem agorafobia)!![/b] TranstornoEpidemiologiaAtaque de pânico (com e sem agorafobia)- Na população em geral, a prevalência é de 1,5%-3,5%;- Aproximadamente um terço a metade dos indivíduos com pânico os ataques também apresentam agorafobia; em grupos clínicos, a agorafobia ocorre com ainda mais frequência; - O ataque de pânico sem agorafobia ocorre duas vezes mais e o ataque de pânico com agorafobia é três vezes mais frequente em mulheres em comparação com os homens. - Na população clínica, mais de 95% dos pacientes com. agorafobia tem ou também teve ataque de pânico;- Na população em geral, a frequência de agorafobia sem ataque de pânico é maior que a frequência de ataque de pânico com agorafobia (embora haja críticas relacionadas aos métodos de avaliação).- Ocorremuito mais comum em mulheres, em comparação com os homens. O transtorno Teorias explicativas Ataque de pânico sem agorafobia Teoria cognitivo-comportamental A sequência dos mecanismos etiopatogenéticos no ataque de pânico é a seguinte: - O aparecimento de um estado de excitação (consumo de café, esforço físico, etc.). .); - Interpretação em termos de doença deste estado, associada ao sentimento de descontrole e iminência de crise;- Esta interpretação amplifica as alterações induzidas pela SNV no ponto 1, entrando num círculo vicioso (mudança de causa e efeito). lugares). Teoria psicanalítica Existem quatro tipos de ansiedade: Ansiedade do id - aparece pela primeira vez na ontogênese devido ao medo de que o mundo ao seu redor leve à perda da autonomia do id - a criança sente que está quebrando; afastamento da pessoa significativa; ansiedade de castração – problemas relacionados ao complexo de Édipo e Electra; ansiedade do Superego – do ego – surge após o desenvolvimento do superego. O ataque de pânico está relacionado à ansiedade do id – os impulsos são muito fortes e o o ego não consegue bloqueá-los, resultando na sensação de falta de controle sobre o mundo ao seu redor. Ataque de pânico com agorafobia Teoria cognitivo-comportamental A evitação agorafóbica ocorre devido à associação de diferentes situações com ataques de pânico, de modo que a pessoa aprende a evitá-los para minimizá-los. possibilidade de desencadear um novo ataque de pânico. Tipo de transtorno Diagnóstico DSM IV - Critérios diagnósticos Ataque de pânico Episódio distinto de medo e desconforto intensos, em que quatro ou mais dos seguintes sintomas começam repentinamente e atingem o pico em um período de 10 minutos: Palpitações, aumento da frequência cardíaca; Sensação de sufocamento; Dor no peito; Náuseas e dores abdominais; Sensação de tonturas e desmaios; ); Calafrios ou ondas de calor. Agorafobia – experimentar estados de ansiedade em situações ou locais dos quais pode ser difícil (ou constrangedor) sair ou onde é difícil obter ajuda caso a pessoa tenha um ataque de pânico ou sintomas. específico para um ataque de pânico (Ex. locais lotados, sozinho em casa, numa ponte, num meio de transporte, num local isolado) B – situações são evitadas ou suportadas com dificuldade (com e sem agorafobia); – ataques de pânico recorrentes e inesperados – pelo menos um dos ataques foi seguido por pelo menos um mês de: Preocupação persistente com a probabilidade de outro ataque de pânico ou; à presença de ataques de pânico – presença ou ausência de agorafobia (com ou sem agorafobia); Agorafobia sem ataque de pânico a presença de agorafobia associada ao medo de desenvolver sintomas semelhantes a um ataque de pânico; para um ataque de pânico; se associado a uma condição médica geral, o medo é desproporcional. Diagnóstico diferencial Transtorno de ataque de pânico (com e sem agorafobia) O transtorno com o qual é feito o diagnóstico diferencial Índices de diferenciação Outros transtornos nos quais o ataque de pânico pode ocorrer (fobia social, transtorno obsessivo-compulsivo, TEPT, ansiedade de separação, transtorno delirante) pânico em o transtorno de ataque de pânico ocorre de forma recorrente e inesperada ("do nada"), inicialmente ou durante o curso do transtorno. Nos demais transtornos, o pânico está associado a situações ou objetos específicos; a evitação agorafóbica é diferenciada pelo objeto temático – o medo de ter outro ataque de pânico. Agorafobia sem história de ataque de pânico O transtorno com o qual é feito o diagnóstico diferencial Índices de diferenciação Transtorno de ataque de pânico com agorafobia - na agorafobia, não há ataque de pânico na história pessoal; a evitação resulta do medo dehumilhação ou desamparo devido a sintomas semelhantes aos do pânico. Fobia social - medo de agir de maneira humilhante ou constrangedora (fobia social) versus medo de se colocar em uma posição humilhante devido ao desenvolvimento de sintomas de pânico (agorafobia). situações em que seria difícil sair ou onde não foi possível obter ajuda em caso de sintomas de pânico (agorafobia) versus medo de situações específicas (fobia simples). Episódio depressivo maior - recusa em sair de casa por falta de energia, aedonia, apatia (episódio depressivo maior) versus recusa de sair de casa por medo de não conseguir ajuda em caso de sintomas de pânico (agorafobia) Transtorno delirante - evitar situações por medo de não conseguir ajuda ou de se colocar em posição constrangedora em caso de sintomas de pânico (agorafobia) versus medo de perseguição Ansiedade de separação - recusa em sair de casa e de pessoas próximas por medo de perdê-las (ansiedade de separação) versus recusa em sair de casa por medo de não poder obter ajuda em caso de sintomas de pânico (agorafobia). !![b]1.2.2 FOBIAS ESPECÍFICAS!![/b]TranstornoEpidemiologiaFobias específicas- Na população em geral, a prevalência é de 10%-11,3%;- Aproximadamente 75%-90% das pessoas com fobias de animais, fenômenos naturais ou formas situacionais de fobias são mulheres; - Cerca de 55%-70% das pessoas com medo de altura são mulheres - Cerca de 55%-70% das pessoas com fobia de sangue/injeções/lesões são mulheres. / fobias específicas Teoria cognitiva-comportamental Existem dois tipos de fobias, com e sem cognições desadaptativas: O estímulo fóbico desempenha o papel do estímulo condicionado e a reação ansiosa representa a resposta incondicionada (exagerada negativamente em relação ao estímulo fóbico; por exemplo, , "os cães são animais perigosos e raivosos") amplificam a sintomatologia ansiosa e geram comportamento evitativo. Quando não aparecem cognições desadaptativas, a pessoa considera sua reação irracional e injustificada, porém o comportamento evitativo é gerado. , sendo assim reforçada negativamente. Teoria psicanalítica As fobias simples estão principalmente relacionadas à castração da ansiedade (ver complexo de Édipo e Electra). Os impulsos sexuais dirigidos à mãe são reprimidos sem sucesso e depois sublimados, resultando em fobias simples. Tipo de transtorno Diagnóstico DSM IV - Critérios diagnósticos Fobias simples/específicas medo ilógico, acentuado e persistente desencadeado pela presença ou antecipação da presença de um objeto ou situação específica o contato com o estímulo fobogênico provoca quase invariavelmente uma resposta ansiosa imediata, que pode; assumir a forma de um ataque de pânico desencadeado ou favorecido por uma situação (situacional); a pessoa reconhece que seu medo é exagerado e ilógico, a situação fóbica é evitada ou suportada com dificuldade; Diagnóstico diferencial Fobias simples/específicas O transtorno com o qual é feito o diagnóstico diferencial Índices de diferenciação Transtorno de pânico com agorafobia- Evitação de situações por medo de um ataque de pânico (transtorno de ataque de pânico com agorafobia) versus evitação de situações específicas Fobia social- O objeto. do medo é a avaliação social (fobia social) versus uma situação ou objeto específico (fobias simples). Estresse pós-traumático - Evitação de situações específicas (fobias específicas) versus evitação de situações previamente associadas ao trauma (TEPT). associado ao conteúdo da obsessão (TOC) versus evitar situações específicas- Recusa em sair de casa e de pessoas próximas por medo de perdê-las (ansiedade de separação) versus recusar-se a se expor a situações específicas. ter uma doença grave (hipocondria) versus preocupação com a ideia de que alguém possa entrar em contato com uma doença (fobiaespecíficos).Transtornos alimentares (bulimia, anorexia)- Evitação de alimentos e aspectos relacionados à alimentação (transtornos alimentares) versus evitação de objetos específicos (fobia simples).Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos- Evitação de atividades em resposta ao delírio, mas o medo é não percebido como injustificado e exagerado (transtornos psicóticos) versus evitar situações específicas, e o medo é percebido como exagerado (fobias simples). !![b] !![/b]!![b]1.2.3 FOBIA SOCIAL!![/b]TranstornoEpidemiologiaFobia social- Na população em geral, a prevalência é de 3% a 13%; a maioria das pessoas afectadas tem medo de falar em público (menos de metade tem medo de falar com estranhos ou de conhecer novas pessoas; o medo de comer ou beber em público, ou de usar casas de banho públicas ocorre com menos frequência);- Na clínica da população , a maioria dos pacientes tem medo de diversas situações públicas - Pessoas com fobia social raramente são hospitalizadas; o tratamento muitas vezes é feito em regime ambulatorial;- Na população geral é mais comum em mulheres, mas na população clínica ocorre tão frequentemente em mulheres quanto em homens (às vezes até com mais frequência em homens). O transtorno Teorias explicativas Fobia social Teoria cognitivo-comportamental Existem dois tipos de fobia social, com e sem cognições desadaptativas. A sequência dos mecanismos etiopatogenéticos é a seguinte: - Desamparo (a pessoa não sabe responder às demandas sociais, isso gera. um estado de ansiedade); - Ansiedade, que pode ser amplificada por cognições desadaptativas sobre situações sociais (“Tenho que parecer perfeito”); - A pessoa não sabe como responder à ansiedade gerada, o que amplifica ainda mais a ansiedade e desencadeia; comportamento de evitação; - A evitação leva ao desaparecimento da ansiedade, sendo assim reforçada negativamente. Teoria psicanalítica A fobia social, assim como a agorafobia, está relacionada principalmente à ansiedade de castração (ver complexo de Édipo e Electra). Tipo de transtornoDiagnóstico DSM IV - critérios diagnósticos A fobia social é um medo acentuado e persistente de uma ou mais situações sociais ou de desempenho, nas quais o paciente entra em contato com pessoas desconhecidas ou é exposto à avaliação de terceiros. O paciente teme agir (ou demonstrar ansiedade) de maneira humilhante ou constrangedora. O contato com o estímulo fobogênico provoca quase invariavelmente uma resposta ansiosa imediata, que pode assumir a forma de um ataque de pânico desencadeado ou favorecido por uma situação (situacional); ; a pessoa reconhece que seu medo é exagerado e ilógico; situações sociais ou de desempenho que causam medo são evitadas ou suportadas com dificuldade. Diagnóstico diferencial Fobia social Transtorno com o qual é feito o diagnóstico diferencial Índices de diferenciação Transtorno de ataque de pânico com agorafobia - medo de agir de maneira humilhante ou constrangedora (fobia social) versus medo de se colocar em posição humilhante devido ao desenvolvimento de pânico ataques de pânico (ataque de pânico com agorafobia). Agorafobia sem ataque de pânico - medo de agir de forma humilhante ou constrangedora (fobia social) versus medo de se colocar em uma posição humilhante devido ao desenvolvimento de sintomas de pânico (ansiedade de separação -). recusa em sair de casa e de pessoas próximas por medo de perdê-las (ansiedade de separação) versus recusa em sair de casa para evitar situações sociais; o desconforto também ocorre quando a situação social ocorre em casa (fobia social). Ansiedade generalizada e fobias simples - medo de humilhação, de ficar em posição constrangedora ou preocupação com o próprio desempenho também ocorre quando não há situação de avaliação (ansiedade generalizada, fobias simples). ) versus o medo da humilhação após a avaliação de outras pessoas (fobia social).transtorno de personalidade esquizóide) versus evitar situações sociais que envolvam contato com pessoas desconhecidas, na presença de interesse nas relações sociais com pessoas conhecidas - a distinção é dada pelo período de início do transtorno e sua gravidade e caráter geral. Ansiedade de desempenho, medo do palco, timidez - o diagnóstico de fobia social só é feito se os sintomas interferirem fortemente na vida familiar, profissional e social da pessoa.!![b]1.2.4 TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO (TOC)!![/ b]DesordemEpidemiologia Transtorno obsessivo-compulsivo- Na população em geral, a prevalência é de 2,5%;- Ocorre com igual frequência em homens e mulheres O transtorno Teorias explicativas Transtorno obsessivo-compulsivo Teoria cognitivo-comportamental A sequência dos mecanismos etiopatogenéticos é a seguinte: - A presença de pensamentos intrusivos normais; - A interpretação negativa destes pensamentos e a sua associação com experiências emocionais (ansiedade); a associação determina o aumento da frequência de seu aparecimento - As antecipações da pessoa, o medo desses pensamentos é outra premissa que aumenta a frequência de aparecimento. Para eliminar a ansiedade gerada pelos pensamentos obsessivos, a pessoa recorre a uma série de pensamentos reforçados negativamente. comportamentos que se repetem compulsivamente, sendo incontroláveis ​​porque reduzem a ansiedade sentida. Teoria psicanalítica O transtorno obsessivo-compulsivo é consequência da fixação e da regressão na fase anal; essa fixação gera ambivalência. Como mecanismo de defesa, tenta-se separar o conteúdo informacional da carga afetiva; se a separação não funcionar, a expressão comportamental do pensamento fica bloqueada – resulta em um comportamento oposto ao determinado pela obsessão, que pode ser automático (compulsão) ou voluntário (reação inversa). Tipo de transtorno Diagnóstico DSM IV - Critérios diagnósticos O transtorno obsessivo-compulsivo apresenta obsessões ou compulsões: pensamentos, impulsos, imagens persistentes sentidas em um determinado momento como intrusivas, inadequadas, causando ansiedade e angústia, pensamentos, impulsos ou imagens não são apenas; preocupações excessivas com problemas cotidianos; a pessoa tenta neutralizar esses pensamentos, impulsos ou imagens com outros pensamentos ou ações; a pessoa reconhece que os impulsos, pensamentos ou imagens são produtos de sua própria mente e não são impostos de fora; atos mentais repetitivos, comportamentos ou atos mentais têm a função de reduzir o sofrimento ou prevenir eventos ou situações desagradáveis; ou não estão logicamente relacionados com os aspectos que deveriam neutralizar ou são excessivos.B. Em algum momento do curso do transtorno, a pessoa reconheceu a natureza excessiva e ilógica das obsessões ou compulsões Diagnóstico diferencial Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) Transtorno com o qual é feito o diagnóstico diferencial Índices de diferenciação Transtorno dismórfico, fobia social, específico fobia, transtornos de impulso o conteúdo dos pensamentos está relacionado a aspectos específicos – a forma do corpo, um objeto ou situação, uma ação (transtorno dismórfico, fobia social, fobia específica, transtornos de impulso) versus outras preocupações – contaminação, ordenação, insegurança, agressividade (TOC). Episódio depressivo maior - preocupações obsessivas relacionadas à futilidade, congruentes com o estado afetivo (depressão) obsessões não egodistônicas versus obsessões egodistônicas (TOC). versus preocupações consideradas irracionais e sem sentido pela pessoa (TOC). Hipocondria e fobia específica- preocupações associadas ao medo de ter uma doença grave (hipocondria), medo de contactar com uma doença (fobia específica), medo de ter uma doença e transmiti-la para outros, duplicado por comportamentos compulsivos orientados para prevenir esse aspecto (TOC).de situações menos prováveis ​​e comportamentos estranhos não egodistônicos (transtornos psicóticos) versus obsessões relacionadas a eventos mais prováveis ​​- contaminação com micróbios e comportamentos compulsivos egodistônicos (TOC) - tiques e movimentos estereotipados são atos motores menos complexos e não possuem. o papel de neutralizar a ansiedade causada pelas obsessões. Transtornos alimentares e abuso de substâncias - os comportamentos compulsivos neste caso são egossintônicos, agradáveis ​​e o desejo de bloqueá-los está relacionado apenas às suas consequências negativas. Transtorno da personalidade obsessivo-compulsiva - preocupações generalizadas com a ideia de. ​​ordem, perfeição e controle, que começa em tenra idade (transtorno de personalidade CO) versus presença de obsessões e compulsões (TOC). Comportamentos repetitivos e ritualísticos - aparecem normalmente na vida cotidiana; o diagnóstico de TOC só é feito se os sintomas afetarem negativamente a vida da pessoa. !![b]1.2.6. TRANSTORNO DE ESTRESSE TRAUMÁTICO AGUDO E TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO (TEPT) !! agente e o grau de exposição a ele Estresse pós-traumático (TEPT)- Na população em geral, a prevalência é de 1%-14%;- Nos grupos de risco (veteranos de guerra, vítimas de abuso e violência, vítimas de desastres naturais), o a prevalência é de 3% a 58%. O transtorno Teorias explicativas Estresse pós-traumático Teoria cognitivo-comportamental Os mecanismos etiopatogenéticos são: - condicionamento clássico - um estímulo neutro torna-se emocionalmente carregado devido à associação com outro que produz uma reação automática do corpo - neurofisiologia da memória - forte estresse afeta o hipocampo); , de forma que apenas parte da informação seja codificada no sistema mnemônico explícito; a informação codificada ao nível da amígdala leva a atualizações involuntárias, expressas comportamentalmente. O resultado é uma representação lacunar do evento traumático, que pode ser completado sob hipnose, percebendo-se a sensação de coerência da história pessoal, controlabilidade e previsibilidade. Tipo de transtorno Diagnóstico DSM IV - Critérios diagnóstico Estresse pós-traumático (TEPT) a pessoa foi exposta a um evento traumático em que: vivenciou, presenciou ou vivenciou um evento que envolveu ameaças de morte ou lesões graves, morte ou lesões graves ou ameaça à integridade física de si mesmo ou de outros; a reação da pessoa incluiu medo intenso, sentimentos de desamparo ou horror; o evento traumático é frequentemente revivido de uma ou mais das seguintes maneiras: memórias intrusivas do evento traumático (imagens, pensamentos, percepções); pesadelos recorrentes relacionados ao evento traumático; reviver o evento no nível de comportamentos, afetos (incluindo alucinações, ilusões, flashbacks); sofrimento intenso ao entrar em contato com estímulos internos e externos semelhantes a um aspecto do evento traumático; reatividade fisiológica ao entrar em contato com estímulos internos e externos semelhantes a um aspecto do evento traumático evitação de estímulos associados ao trauma e redução geral da responsividade manifestada das seguintes formas: tentativa de evitar pensamentos, sentimentos, conversas que lembrem o trauma evitando lugares, atividades, pessoas; que lembram do trauma; impossibilidade de lembrar aspectos importantes do evento traumático; o interesse ou a participação em atividades importantes são muito diminuídos; alta excitação manifestada por: dificuldade para dormir e insônia;irritabilidade ou explosões de raiva;dificuldades de concentração;hipervigilância.E. os sintomas duram mais de um mês Estresse pós-traumático agudo A. a pessoa foi expostaa um evento traumático em que: vivenciou, testemunhou ou vivenciou um evento que envolveu ameaças de morte ou ferimentos graves, morte ou ferimentos graves, ou ameaça à integridade física de si ou de outras pessoas, incluindo medo intenso, sentimentos de desamparo; ou horror.B. durante ou após vivenciar o evento traumático, manifestam-se três ou mais dos seguintes sintomas dissociativos: sensação de distanciamento e ausência de respostas afetivas reduzidas de despersonalização; evento) .C. o evento traumático é revivido repetidamente.D. estímulos que lembram o evento traumático são evitados. a presença de sintomas de ansiedade e alta excitaçãoF. os sintomas duram entre 2 dias e 4 semanas e aparecem nas primeiras 4 semanas após o trauma. Diagnóstico diferencial Estresse pós-traumático (TEPT) O transtorno com o qual é feito o diagnóstico diferencial Índices de diferenciação Transtorno de adaptação - o estressor é uma situação de vida extrema (TEPT) versus o estressor pode ser de qualquer gravidade (transtorno de adaptação agudo - aparecem sintomas). nas primeiras quatro semanas após o evento traumático e desaparecem dentro de um mês (estresse pós-traumático agudo) versus sintomas que persistem por mais de um mês (TEPT) – pensamentos intrusivos são vivenciados como inadequados (TOC) versus intrusivos. pensamentos associados a um trauma e sentidos como naturais, normais face à situação (TEPT) - situações em que existe um benefício externo (financeiro ou outro). !![b]1.2.7. ANSIEDADE GENERALIZADA!![/b] TranstornoEpidemiologia Ansiedade generalizada- Na população em geral, a prevalência é de 5%;- Na população clínica com transtornos de ansiedade, aproximadamente 12% apresentam ansiedade generalizada O transtornoTeorias explicativasAnsiedade generalizadaTeoria cognitivo-comportamentalAs sequências de mecanismos etiopatogenéticos. são os seguintes: - a existência de um estado de excitação fisiológica crônica. Foi demonstrado o papel do estilo cognitivo desadaptativo e catastrófico, que mantém este estado de excitação através de um círculo vicioso. Também é incriminada a reatividade do SNV - ocorrência de situações que geram um estado emocional dentro dos limites da normalidade - a excitação crônica se sobrepõe àquela gerada pela situação alvo, amplificando a experiência emocional negativa (pode-se atingir o ataque de pânico); comportamento de evitação cada vez mais situações sociais. Tipo de transtorno Diagnóstico DSM IV - Critérios diagnósticos Ansiedade generalizada preocupação e ansiedade excessivas, sonhos vívidos de vários eventos e atividades, presentes quase diariamente durante um período de 6 meses a pessoa sente-se incapaz de controlar as preocupações estão associadas a três ou; mais das seguintes manifestações: inquietação e tensão; dificuldades de concentração; tensão muscular e preocupação; Diagnóstico Diferencial Transtorno de Ansiedade Generalizada (GA)Transtorno Diferencialmente DiagnosticadoÍndices de DiferenciaçãoAtaque de Pânico- Preocupa-se com a possibilidade de outro ataque de pânico (ataque de pânico) vs. Preocupações com muitos aspectos da vida (GA).Fobia Social- preocupa-se com a possibilidade de estar em um posição embaraçosa em público (fobia social) versus preocupações com muitos aspectos da vida diária, independentemente de ocorrer avaliação social (GA) ou não – medo de contaminação e pensamentos intrusivos egodistônicos (TOC) versus medos relacionados aos problemas atuais (GA). ; no GA predominam as preocupações na forma verbal, enquanto no TOC aparecem frequentemente imagens e impulsos que atraem comportamentos compulsivos - preocupações relacionadas à Anorexia nervosa.ganho de peso (anorexia) versus preocupações relacionadas a múltiplos aspectos da vida atual (GA). Ansiedade de separação – preocupações relacionadas ao fato. que os entes queridos possam sofrer ou ficar longe deles ou de casa (ansiedade de separação) versus preocupações relacionadas com vários aspectos da vida atual (GA). da vida atual (GA). Estresse pós-traumático - a ansiedade ocorre como consequência de um trauma grave (TEPT), a ansiedade ocorre em resposta aos estressores atuais (GA). critérios de outro transtorno de ansiedade. Ansiedade não patológica - as preocupações são mais controláveis, menos intensas, relacionadas a menos aspectos da vida, menos frequentemente acompanhadas de manifestações somáticas e interferem menos nas capacidades adaptativas e no funcionamento da pessoa (ansiedade não patológica). !![b] !![/b]!![b] !![/b]!![b]1.3. Pensamentos automáticos característicos de diversas formas de ansiedade!! meu amigo, se todos souberem que estou ansioso. Por causa da minha emotividade, todos vão pensar que sou uma pessoa fraca. Não tenho chance de ser uma pessoa de sucesso se não conseguir controlar; minhas emoções; sou motivo de chacota se os outros perceberem que estou estressado e ansioso. Evita situações sociais, situações de apresentação, locais onde há muitas pessoas. Ele se dá melhor em ambientes familiares e com amigos próximos. claustrofobia Se eu entrar lá não conseguirei sair; Lugares estreitos são perigosos porque você pode sufocar; De um espaço fechado posso não sair e morrer sufocado. estresse pós-traumático O mundo é um lugar perigoso A situação pode me lembrar do meu trauma. As lembranças do meu trauma podem me invadir a qualquer momento. transtorno obsessivo-compulsivo Pensamentos ou comportamentos dos quais é difícil me abster causarão doenças ou lesões a mim mesmo ou a outra pessoa. Os pensamentos que me invadem são absurdos e irrealistas. reduz sua ansiedade. ansiedade de separação Se as pessoas próximas a mim não estiverem próximas, algo muito ruim pode acontecer com elas. Elas se recusam a ficar sozinhas. ataque de pânico com agorafobiaEu rio de mim se tiver um ataque de pânico em público;Se eu tiver um ataque de pânico naquele lugar, não posso pedir ajuda;Se eu tiver um ataque de pânico naquele lugar, não poderei sair a tempo;Eu poderia ter um ataque de pânico a qualquer momento;A ansiedade exagerada que sinto levará ao aparecimento de uma doença grave;Se eu ficar sozinho, algo ruim pode acontecer comigo.Evite situações sociais;Evite situações sociais, desempenho situações, locais onde estão muitas pessoas;Evitar espaços fechados e apertados;Evitar situações ou coisas que os lembrem de ataques de pânico;Envolver-se em comportamentos que reduzam a sua ansiedade;Recusar-se a ficar sozinho. !![b]1.4. Tratamento!![/b]Técnicas cognitivo-comportamentais para modificar comportamentos e cognições desadaptativas, induzindo relaxamento em todos os transtornos de ansiedade; No estresse pós-traumático (TEPT) e no transtorno obsessivo-compulsivo, são utilizadas técnicas intrusivas de controle do pensamento; estresse, técnicas para modificar o conhecimento do sistema de memória implícita são úteis. A terapia medicamentosa tem efeito rápido, mas não é recomendada em combinação com psicoterapia (a pessoa atribuirá a remissão);a sintomatologia das drogas e não a aquisição de controle sobre elas).!! !!Módulo II. TRANSTORNOS DE AJUSTE DE ACORDO COM O DSM-IV !![b]Tópico 2. TRANSTORNOS DE AJUSTE!![/b]!![b]2.1 Visão geral!![/b]- o traço característico dos transtornos de adaptação é a instalação de sintomas emocionais e comportamentais (reações desadaptativas), de intensidade clínica, em resposta à intervenção de estressores psicossociais identificáveis ​​- os sintomas aparecem dentro de 3 meses da intervenção dos estressores e desaparecem por conta própria após não mais de 6 meses da cessação dos seus estressores; Ação ; os sintomas só podem persistir se for um estressor crônico ou com efeitos duradouros - os estressores podem aparecer na forma de um evento único (por exemplo, o fim de um relacionamento amoroso) ou na forma de múltiplos problemas (por exemplo, dificuldades financeiras); , problemas de casal etc.);- os transtornos de ajustamento aparecem em diferentes formas, dependendo dos sintomas que dominam o quadro clínico:- com humor depressivo;- com ansiedade;- misto, com humor depressivo e ansiedade;- com transtornos comportamentais;- com transtornos emocionais (ansiedade, depressão) e transtornos comportamentais - não especificados (cargas físicas, isolamento social, dificuldades escolares, etc.).!![b]2.2. Epidemiologia!![/b]- muito comum entre pacientes hospitalizados para intervenções cirúrgicas;- ocorre duas vezes mais em mulheres;- a prevalência na população clínica está entre 5%-20%;- pessoas de meios socioeconômicos desfavorecidos e estão expostas à influência de muitos estressores constituem um grupo de risco.!![b]2.3. Etiologia!![/b]O estresse pode ser definido como uma discrepância entre as demandas da situação e as habilidades autopercebidas para responder a esses estressores (R. Lazarus, três tipos de avaliações estão envolvidos na avaliação); de cada situação: Avaliação primária - inclui processamento automático visando a interação entre o estressor e a pessoa, resultando em alterações cognitivas, comportamentais e biológicas. Como consequência dessas mudanças surge uma experiência subjetiva primária (a situação é rotulada como perigosa ou não) Avaliação secundária – visa os mecanismos de enfrentamento que podem ser mobilizados para mudar a experiência subjetiva primária cognitivocomportamentalbiológicoConfrontativoEvitativoX (mecanismos defensivos) 3. Avaliação terciária – visa a eficácia dos mecanismos de enfrentamento mobilizados para modificar a experiência emocional. Portanto, os mecanismos de enfrentamento intervêm antes ou depois do aparecimento da experiência subjetiva, em cascata (processamento sucessivo), levando à aproximação gradual da experiência emocional. Embora este modelo tenha sido proposto por Lazarus para estresse e emoções, também é aplicável aos transtornos de ajustamento. No caso dos transtornos de ajustamento, a reação da pessoa é mais intensa que o normal, pois no nível individual existem fatores de vulnerabilidade como: Biológicos -. genético (SNV reativo) ou adquirido (excitação crônica transferível em diferentes situações). Psicossocial – crenças irracionais e estilo de atribuição, autoeficácia, otimismo, padrão de cognições desadaptativas, apoio social, autoestima, mecanismos de enfrentamento desadaptativos adquiridos na infância; . !![b]2.4. Diagnóstico DSM IV!![/b]Tipo de transtornoCritérios de diagnósticoTranstornos de adaptaçãoaparecimento de sintomas emocionais e comportamentais em resposta à intervenção de estressores identificáveis ​​e que se instalam no máximo três meses após seu aparecimento os sintomas são de intensidade clínica, expressos como: 1) a intensidade do sofrimento vivenciado excede a reação normal ao respectivo estressor (2) tem um impacto negativo significativo na vida da pessoa, afetando sua capacidade de funcionamento social ou acadêmico; o transtorno não atende aos critérios para outra condição); eixo I e não representa uma exacerbação de um distúrbio anterior do eixo Iou II; os sintomas não representam reação de luto, uma vez terminada a ação dos estressores, os sintomas persistem por no máximo 6 meses.!![b]2.5. Diagnóstico diferencial!! [/b]Os transtornos de adaptação representam uma categoria residual, que inclui respostas de intensidade clínica à intervenção de um estressor identificável, que não atendem aos critérios para outro transtorno no eixo I. O transtorno com o qual o diagnóstico diferencial é feito feito Índices de diferenciação Estresse pós-traumático e estresse pós-traumático agudo A intervenção de estressores extremos e uma constelação sintomática específica (TEPT, estresse agudo) versus a intervenção de estressores de qualquer intensidade, envolvendo uma ampla variedade de sintomas A reação de luto O normal. reação à perda de uma pessoa próxima (reação de luto) versus reação desproporcional ou prolongada à perda de uma pessoa próxima (transtorno de adaptação (transtorno de adaptação, ansiedade, depressão, etc.) Reações atípicas ou de baixa intensidade à intervenção de). um estressor identificável (distúrbios de adaptação) versus reações atípicas ou de baixa intensidade (outros distúrbios não especificados). Fatores psicológicos que exacerbam uma condição médica geral Diferentes fatores psicológicos exacerbam uma condição médica geral, complicam seu tratamento ou aumentam o risco da doença (fatores psicológicos que exacerbam uma condição médica geral) versus o aparecimento de sintomas psicológicos em resposta ao estresse envolvido no diagnóstico de uma condição médica geral (distúrbios de adaptação ao estresse). disfunções ocupacionais.!! [b] 2.6. Tratamento!![/b]Técnicas cognitivo-comportamentais para controle do estresse e suas consequências.!![b]Tema 3. TRANSTORNOS DE FATO!![/b]!![b]3.1. Apresentação geral!![/b]- Os transtornos factícios referem-se aos sintomas somáticos ou psicológicos produzidos ou inventados intencionalmente, com o objetivo de assumir o papel de doente - A produção artificial de sintomas constitui um ato compulsivo; os sintomas são produzidos de forma consciente e intencional, mas escapam ao controle voluntário - A diferença entre transtornos factícios e simulação consiste no objetivo perseguido pela pessoa (um benefício externo identificável no caso da simulação, enquanto a motivação das pessoas com transtornos factícios é a; necessidade psicológica de assumir o papel de doente, na ausência de determinantes externos desse comportamento);- Em certas condições (por exemplo, campos de guerra) a simulação constitui um comportamento adaptativo, enquanto o diagnóstico de “distúrbios factuais” implica sempre uma psicopatologia. existem vários subtipos, de acordo com a sintomatologia: (1) Transtornos factícios com sintomas e sinais predominantemente somáticos - o quadro clínico é dominado por sinais e sintomas que sugerem a presença de uma doença somática - os sintomas podem ser produzidos (por exemplo, auto-produção); infecção) ou inventada - toda a vida do indivíduo é dedicada à tentativa de internação hospitalar (Síndrome de Munchausen): - o quadro clínico inclui: dores intensas, náuseas, vômitos, tonturas, febre de origem indeterminada, desmaios, abscessos e irritações, sangramentos por ingestão de substâncias anticoagulantes;- todos os órgãos do corpo são possíveis alvos na geração de sintomas, dependendo do conhecimento médico e da imaginação do paciente.- os pacientes apresentam sua história de doença de forma coerente, com envolvimento afetivo, mas quando solicitados a fornecer detalhes, eles se tornam muito vagos. Eles criam o caos nas enfermarias onde estão internados, exigindo atenção da equipe médica, em cuja presença os sintomas são amplificados. Após comunicarem que não possuem nenhuma doença, recorrerão a outros médicos para atendimento - como elementos associados, apresentam problemas relacionados ao consumo de substâncias - apresentam frequentemente complicações devido a repetidas intervenções cirúrgicas e;os efeitos colaterais da medicação prescrita (2) Transtornos factuais com sintomas e sinais predominantemente psicológicos - o quadro clínico inclui em particular sinais e sintomas que sugerem a presença de um transtorno mental - como indicadores do transtorno são: os variados e atípicos; padrão sintomatológico, que não corresponde às síndromes conhecidas, o curso da doença e a resposta ao tratamento são extremamente incomuns, uma exacerbação dos sintomas na presença da equipe médica e aumento da suscetibilidade às sugestões do médico (o paciente incorpora facilmente os dados fornecido por ele); - o quadro clínico apresentado é mais adequado à concepção que o paciente tem sobre a doença e não à sintomatologia específica - as acusações mais frequentes são: depressão e ideação suicida após a morte do companheiro de vida (sua morte); não sendo confirmado por outras fontes), amnésias, alucinações, delírios, sintomas dissociativos - como elementos associados apresentam transtornos associados ao uso de substâncias e transtornos de personalidade (3) Transtornos factuais com sintomas mistos, somáticos e psicológicos - o quadro clínico inclui transtornos somáticos e de personalidade. sinais e sintomas psicológicos, produzidos intencionalmente.!![b]3.2. Epidemiologia!![/b]- a prevalência na população em geral é relativamente baixa; contudo, é possível que muitos casos permaneçam sem diagnóstico - a prevalência da doença (com e sem perturbações médicas associadas) no caso de pacientes internados em serviços diferentes é de 9%; aproximadamente 3% dos pacientes que apresentam febre em diversas clínicas e hospitais sofrem deste distúrbio - parece que o distúrbio ocorre com mais frequência em homens do que em mulheres.!![b]3.3. Etiologia!![/b]Os mecanismos etiopatogenéticos envolvidos não são claramente conhecidos. Como fatores de risco citamos: internações repetidas durante a infância por doenças reais, abuso sexual por parte da equipe médica, ressentimento para com a profissão médica devido a tratamentos inadequados. Muitas vezes as pessoas afetadas têm profissões paramédicas de nível médio. A perspectiva psicanalítica – o mecanismo causal baseia-se nas relações deficientes desde a infância; a consequência é a expressão compulsiva da necessidade de atenção (o conflito infantil). Os sentimentos em relação às pessoas significativas são transferidos para a equipe médica devido às semelhanças (pessoas que oferecem ajuda e apoio e detêm o monopólio do conhecimento naquela situação. Perspectiva cognitivo-comportamental O mecanismo central é a aprendizagem operante e a generalização de estímulos). os pacientes aprendem esse comportamento porque os benefícios superam os custos. Gradualmente, surge a generalização - o mesmo comportamento se manifesta diante de diferentes estímulos. 3.4. Diagnóstico do DSM IV Tipo de transtorno Critérios diagnósticos Transtornos factícios Produção intencional ou invenção de alguns sintomas somáticos ou psicológicos A motivação do comportamento é assumir o papel do paciente Não há benefícios externos para o comportamento (ganhos econômicos, evitação de responsabilidade legal, etc; .). !![b]3.5. Diagnóstico diferencial!![/b]O transtorno com o qual é feito o diagnóstico diferencial Índices de diferenciação Transtornos somáticos ou mentais reais (transtornos psicóticos, cognitivos, reativos de curto prazo) - a possibilidade de um transtorno somático ou mental ser, de fato, um existe transtorno factual se for constatada a presença de algum dos seguintes aspectos: - o quadro clínico atual é atípico, inconsistente com a sintomatologia do respectivo quadro - os sintomas ou comportamentos manifestam-se apenas quando o paciente é observado por outras pessoas; há não adesão ao tratamento e comportamento agressivo no salão - o paciente possui amplo conhecimento sobre terminologia médica e rotinas hospitalares - uso não prescrito de diversas substâncias e medicamentos; visitantes durante a hospitalização - o curso da doença;é flutuante, com rápido aparecimento de algumas complicações se os exames iniciais não indicarem a presença de doença somatoforme - existência de queixas somáticas que não podem ser inteiramente atribuídas a uma condição médica geral produzida intencionalmente (transtorno factual) versus involuntariamente. produzidos (transtornos somatoformes). Simulação - a motivação para a produção dos sintomas é um benefício externo, sendo os sintomas suspensos quando não são mais úteis à pessoa (simulação) versus a produção dos sintomas a partir da necessidade de assumir o papel do. doente, sendo este um ato compulsivo e incontrolável (transtornos factuais !![b]3.6. Evolução e prognóstico da doença!![/b]- Embora às vezes o distúrbio possa ser limitado a um ou mais episódios curtos, o curso geralmente é crônico;- O início da doença ocorre na primeira parte da vida adulta, ocorrendo frequentemente após uma internação por problema somático ou mental;- As formas crônicas são caracterizadas por hospitalizações repetidas ao longo da vida.!![b]3.7 Tratamento!![/b]- Ainda não existem técnicas de intervenção psicoterapêutica eficazes; o atendimento psicológico é direcionado principalmente à equipe médica e ao grupo primário do paciente que está inserido em programas educativos referentes à doença para um relacionamento mais eficaz com o paciente - A equipe médica é educada para adotar uma atitude neutra em relação a esses pacientes; impacta positivamente a relação terapêutica (caracterizada por empatia, aceitação incondicional, congruência) e a conceituação oferecida (evitam-se acusações de simulação). !![b]Tema 4. TRANSTORNOS DISSOCIATIVOS!![/b] !![b]4.1. Visão geral!![/b]A característica central é a desestruturação de funções integradas: consciência, memória, identidade, percepção do ambiente. A desestruturação pode ocorrer de forma repentina ou insidiosa e pode ser temporária ou crônica. Dissociação versus repressão Repressão - refere-se ao processo de bloqueio de alguns conteúdos informativos, que não entram no campo da consciência e estão ligados por catese a uma pulsão sexual ou agressiva. é um mecanismo de enfrentamento que consiste na fragmentação do conhecimento autorelacionado e na mudança na forma de autopercepção; determinados conteúdos informativos são separados e mantidos à parte dos demais; a remoção de um conteúdo informativo da consciência ocorre quando ele está ligado a um conteúdo afetivo negativo. Enquanto a repressão faz uma separação vertical, a dissociação leva a uma separação horizontal (ver figura nº 1). Cinco transtornos pertencem a esta categoria: 1. Amnésia dissociativa – tem como principal característica a incapacidade de lembrar informações com relevância pessoal, geralmente de natureza traumática ou estressante e que não se deve a distúrbio orgânico ou esquecimento natural; existem vários tipos de amnésia dissociativa: - amnésia localizada - a incapacidade de lembrar conteúdos de informação bem circunscritos no tempo, geralmente nas primeiras horas após um evento extremamente traumático - amnésia seletiva - a incapacidade de lembrar fragmentos de informação de - um evento circunscrito; período de tempo; ocorre após eventos traumáticos ou estressantes; - amnésia generalizada - a falta de memórias refere-se a toda a vida do indivíduo (ocorre com menos frequência - amnésia contínua - incapacidade de lembrar informações/eventos desde o momento do trauma até o presente); amnésia sistematizada - refere-se à perda de memória para determinadas categorias de informações (por exemplo, informações relacionadas a uma pessoa específica 2). Fuga dissociativa – manifesta-se pela mudança de casa ou trabalho, com assunção de uma nova identidade e confusão face à identidade anterior 3. Transtorno dissociativo de identidade (anteriormente conhecido como TPM) - é caracterizado pela presença de uma ou mais identidades ou personalidades diferentes (padrões de respostas estáveis ​​que aparecem emcontextos diferentes) que controlam o comportamento do indivíduo, duplicado pela incapacidade de lembrar informações com relevância pessoal; às vezes as personalidades são totalmente distintas, dominam o comportamento e são amnésicas à presença dos outros, outras vezes uma personalidade domina mas tem consciência da presença dos outros e comunica com eles. A transição de uma personalidade para outra é acompanhada de amnésia (o significado clássico) e ocorre repentinamente, em questão de segundos. As personalidades podem ser extremamente diferentes, diferindo por características psicológicas, padrão cerebral, resposta a testes de personalidade e inteligência e até aspectos neurofisiológicos 4. Transtorno de despersonalização – tem como característica básica a sensação de distanciamento do próprio corpo ou mente, mantendo contato com a realidade; surge a sensação de observar a própria pessoa e os processos mentais de fora 5. Transtorno dissociativo não especificado – é uma categoria que inclui transtornos caracterizados por sintomas dissociativos, que não atendem aos critérios necessários para o diagnóstico de um dos transtornos anteriores; é uma categoria utilizada para incluir: elementos relacionados à desrealização, na ausência de despersonalização, estados comatosos não associados a uma condição médica geral, estados dissociativos que aparecem em sujeitos submetidos a procedimentos de persuasão, síndrome de Ganser (tem como característica a resposta próxima a it) quando não há associação com fuga ou amnésia dissociativa, transe dissociativo (específico de diferentes culturas e religiões).!!! as manifestações que aparecem nas práticas religiosas ou nas atividades culturais, que fazem parte dos costumes de determinadas comunidades, não são consideradas patológicas, exceto em situações que envolvam sofrimento e incapacidade. Aspectos relacionados à avaliação: - em quase todos os casos, a transição de uma situação de sofrimento. personalidade em outra é feito no contexto de um evento estressante;- A Escala de Experiências Dissociativas avalia o grau de dissociação;- aplicando esta escala constatou-se que, dos pacientes com diagnóstico de transtorno dissociativo de identidade: 90%- declaram que há outra pessoa dentro de si 87% - declaram ouvir vozes que falam com eles 82% - declaram ouvir vozes que vêm de dentro de si 81% - sentem que outra pessoa os está controlando 81% - têm amnésia para eventos que aconteceram em sua infância 73% - quando falam de si também dizem "nós" 70% - declaram que existe outra pessoa dentro deles que tem um nome diferente 62% - não se lembram de coisas que as pessoas ao seu redor dizem ter feito 56% - experimentam sentimentos de desrealização44%- não reconhecem pessoas que se comportam de forma familiar com eles42%- percebem que certos objetos ao seu redor desaparecem31%- percebem que vários objetos ao seu redor aparecem, injustificadamente27%- em momentos diferentes, eles têm escritas diferentes!![b]4.2. Fatores predisponentes!![/b]- Situações extremamente estressantes, eventos traumáticos, abuso físico e sexual, consumo de álcool.!![b]4.3. Epidemiologia !![/b]!![b]4.3.1. AMNÉSIA DISSOCIATIVA!![/b]Epidemiologia- de todos os transtornos dissociativos tem a maior prevalência;- ocorre mais frequentemente em mulheres do que em homens;- ocorre mais frequentemente em períodos de crise e problemas sociais (guerras, desastres naturais e evolução). prognóstico - o início e o término podem ser súbitos ou graduais - a recuperação é completa e a recorrência é rara - via de regra, vários episódios de amnésia dissociativa são registrados no mesmo indivíduo. Mecanismos etiológicos São de natureza psicológica, a pessoa tenta; remover informações fortemente carregadas da consciência afetiva negativa Tipo de transtorno Diagnóstico DSM IV - Critérios diagnósticos Amnésia dissociativa, ocorrência de um ou mais episódios em que a pessoa não consegue lembrar informações de relevância pessoal, geralmente de natureza estressante ou traumática, e que é. não é devido ao esquecimento natural; o distúrbio não é devido a distúrbios neurológicos;ou uso de substâncias; sintomas causam sofrimento e/ou incapacidade. Diagnóstico diferencial Amnésia dissociativa Transtorno com o qual é feito o diagnóstico diferencialIndícios de diferenciaçãoDelírio e demência- No delírio e na demência, os distúrbios de memória aparecem em um contexto mais amplo de déficits cognitivos, de linguagem, afetivos, de atenção, perceptivos e comportamentais- Nas crises epilépticas, a memória. o distúrbio tem início súbito e é acompanhado por sintomas motores e um traço EEG atípico. Transtorno amnésico devido ao uso de substâncias, dano cerebral ou condição médica geral - o elemento diferenciador consiste na ligação etiológica direta entre sintomas de amnésia e uso de drogas ou substâncias somáticas. problemas; - a amnésia é principalmente anterógrada, com preservação da capacidade de adquirir novas informações (transtorno amnésico) versus amnésia principalmente retrógrada (lesões cerebrais) e distúrbios de aquisição de novas informações (intoxicação por substâncias). Fuga dissociativa ou transtorno dissociativo de identidade - se houver amnésia dissociativa. ocorre exclusivamente durante esses transtornos, não é mais feito um diagnóstico adicional de transtorno de despersonalização - se os sintomas de despersonalização aparecem exclusivamente durante o período de amnésia dissociativa, o diagnóstico não é mais feito de transtorno de despersonalização agudo, transtorno de somatização ou TEPT. - se os sintomas de amnésia aparecerem exclusivamente durante TEPT, transtorno de somatização ou estresse traumático agudo, o diagnóstico de transtorno amnésico não é mais feito. Simulação – via de regra, pessoas com amnésia dissociativa apresentam pontuações altas em testes de hipnotizabilidade e capacidade dissociativa; os indivíduos simulantes apresentam sintomatologia floreada e buscam um benefício externo Declínio cognitivo devido à idade avançada ou formas não patológicas de amnésia - o principal elemento de diferenciação consiste no nível de sofrimento e incapacidade envolvidos - há também formas não patológicas; de amnésia infantil pós-hipnótica para eventos oníricos ou esquecimento natural.!![b] !![/b]!![b]4.3.2. FUGA DISSOCIATIVA!![/b]Epidemiologia - na população em geral, a prevalência é de 0,2%, com tendência a aumentar durante crises ou eventos extremos (guerras, desastres naturais - a recuperação é rápida e a recorrência é rara -). dura de dias a semanas ou meses - o início dos sintomas geralmente está relacionado à presença de eventos traumáticos ou estressantes - durante o período de fuga, as pessoas levam uma existência "cinzenta", sem atrair a atenção de quem as rodeia; mecanismos - refere-se à motivação para escapar de eventos dolorosos do ponto de vista emocional Tipo de transtorno Diagnóstico DSM IV - Critérios diagnósticos Fuga dissociativa afastamento de casa ou do trabalho, associada à incapacidade de lembrar o passado e assumir uma nova identidade (; parcial ou totalmente) e confusão em relação à verdadeira identidade; o transtorno não é devido ao uso de substâncias ou a uma condição médica geral (por exemplo, epilepsia do lobo temporal, os sintomas causam sofrimento e/ou incapacidade); Diagnóstico diferencial Fuga dissociativaO distúrbio com o qual é feito o diagnóstico diferencialIndício de diferenciação Crises de epilepsia - sair de casa com perda de memória (fuga dissociativa) versus movimentos ou comportamentos sem objetivo acompanhados de distúrbios motores, estereotipias, distúrbios perceptivos, trajeto EEG atípico (fuga epiléptica). Episódios maníacos - afastamento de casa com propósito bem definido, manifestações de grandeza que chamam a atenção de quem está ao redor, sem assumir nova identidade (episódios maníacos) versus afastamento de casa aparentemente sem propósito, com assunção de nova identidade (fuga dissociativa)- na fuga dissociativa eles não aparecem.sintomas negativos ou delírio - na esquizofrenia, as dificuldades em reproduzir os acontecimentos durante a viagem podem ser devidas não à amnésia, mas à simulação desorganizada - via de regra, pessoas com fuga dissociativa apresentam pontuações altas em testes de hipnotizabilidade e capacidade dissociativa; indivíduos simulantes apresentam sintomas dissociativos mesmo durante entrevistas sob hipnose e buscam um benefício externo - neste caso, a pessoa não assume uma nova identidade.!! TRANSTORNO DISSOCIATIVO DE IDENTIDADE!![/b]Epidemiologia- na população internada em enfermarias psiquiátricas a prevalência é de 0,5%-2%;- na população com diagnóstico psiquiátrico a prevalência é de 3%-5%;- o transtorno ocorre mais frequente em mulheres (90% das pessoas diagnosticadas são mulheres); as mulheres têm, em média, 15 personalidades em comparação aos homens que têm aproximadamente 8;- manifesta-se a partir da adolescência e na primeira parte da vida adulta;- o transtorno ocorre com mais frequência em parentes de primeiro grau de pacientes que apresentam essa condição, do que na população geral em geral. Evolução e prognóstico - o curso da doença é crônico e recorrente, com oscilações frequentes - o período de tempo desde o aparecimento dos primeiros sintomas e o diagnóstico da doença é de 6 a 7 anos - o distúrbio é menos evidente após o; aos 40 anos, mas podem apresentar recorrências durante períodos estressantes, traumáticos ou caracterizados por abuso de substâncias. Mecanismos etiológicos Como fatores etiológicos podemos citar: eventos traumáticos ocorridos principalmente na infância, falta de apoio adequado de terceiros, aprendizagem vicária. Tipo de transtorno Diagnóstico DSM IV - Critérios diagnósticos Transtorno dissociativo de identidade, presença de duas ou mais personalidades (cada uma com seu padrão estável de percepção, forma de se relacionar, reportar-se ao ambiente e a si mesmo assumir repetidamente pelo menos duas dessas personalidades); controle do comportamento do indivíduo; incapacidade de recordar informações de relevância pessoal, muito extensa para ser explicada pelo esquecimento natural; o distúrbio não é devido ao uso de substâncias ou a uma condição médica geral. Diagnóstico diferencial Transtorno dissociativo de identidadeO transtorno com o qual é feito o diagnóstico diferencialÍndices de diferenciaçãoAbuso de substâncias e sintomas dissociativos devido a uma condição somática - a diferenciação é feita, principalmente, dependendo da associação etiológica entre os sintomas específicos e o consumo de substâncias, respectivamente a presença de quadro somático. Sintomas dissociativos por episódios de crise (epilépticos) - esses dois transtornos podem aparecer em comorbidade; os episódios epilépticos são curtos (30 segundos - 5 minutos) e não envolvem as estruturas de identidade estáveis ​​e o comportamento específico do transtorno dissociativo de identidade. Amnésia dissociativa, fuga dissociativa, transtorno de despersonalização, transtorno dissociativo não especificado - transtorno dissociativo de identidade envolve sintomas específicos para. essas condições (por exemplo, mudança de casa, despersonalização, amnésia, transe de possessão) e constitui um diagnóstico primário em relação a estas esquizofrenia e outros transtornos psicóticos - alucinações auditivas, delírio (transtornos psicóticos) versus comunicação entre diferentes personalidades (transtorno dissociativo de identidade). Transtorno bipolar com elementos psicóticos - flutuações cíclicas de humor, com mudanças bruscas entre estados (transtorno bipolar) versus alteração de personalidade (transtorno dissociativo de identidade) Simulação e transtornos factícios - a diferenciação é feita de acordo com o objetivo perseguido - benefício externo (simulação) e assumindo o papel do doente (distúrbios factuais). !![b]4.3.4. TRANSTORNO DE DESPERSONALIZAÇÃO!![/b] Epidemiologia - a prevalência deste transtorno na população geral e clínica não é conhecida - aproximadamente 1/3 das pessoas que apresentam;passaram por eventos que ameaçam a vida e 40% dos pacientes hospitalizados com transtornos mentais vivenciam experiências transitórias de despersonalização - certos elementos de despersonalização aparecem em mais de 70% da população (sem atingir o nível clínico dos sintomas). Evolução e prognóstico - a duração dos episódios de despersonalização; pode durar de segundos a anos (nessas situações aparecem distúrbios associados como ansiedade, pânico e depressão - a evolução pode ser crônica, marcada por remissões e exacerbações - geralmente começa na adolescência (raramente após os 40 anos); surge em conexão com situações que colocam em risco a vida do indivíduo, a sintomatologia se instala imediatamente após a exposição ao evento traumático; - o quadro é rápido, com desaparecimento gradual Tipo de transtorno Diagnóstico DSM IV - Critérios diagnostica episódios de transtorno de despersonalização em que ocorre o sentimento de. aparece o distanciamento da própria pessoa, como se o sujeito fosse um observador externo de seu corpo e de seus processos mentais durante a experiência de despersonalização o contato com a realidade externa é mantido; ao uso de substâncias ou a uma condição médica geral (por exemplo, epilepsia do lobo temporal). Diagnóstico diferencial Transtorno de despersonalização Transtorno com o qual é feito diagnóstico diferencial Índices de diferenciação Abuso de substâncias e sintomas de despersonalização devido a uma condição médica geral - a diferenciação é feita com base na associação etiológica entre sintomas de despersonalização e uso de substâncias, respectivamente a presença de uma condição somática às vezes; , o uso de substâncias pode intensificar manifestações dissociativas previamente presentes; neste caso, leva-se em consideração a história longitudinal de sintomas de despersonalização e abuso de substâncias, ataque de pânico, fobia social, fobias específicas, estresse agudo e TEPT - quando os sintomas de despersonalização ocorrem exclusivamente durante a manifestação de um desses transtornos, não é feito. um diagnóstico adicional de transtorno de despersonalização - o contato com a realidade permanece inalterado (transtorno de despersonalização) versus o contato com a realidade é prejudicado (esquizofrenia - presença de achatamento afetivo (depressão) versus achatamento afetivo - que também ocorre quando a pessoa não está). deprimido - associado ao distanciamento da própria pessoa (transtorno de despersonalização).!![b]4.4. O tratamento!![/b]- É fundamentalmente psicoterapêutico, com uso de medicamentos como elemento coadjuvante. São utilizadas: técnicas dinâmico-psicanalíticas visando a integração dos aspectos conscientes e inconscientes da hipnoterapia - considerada o tratamento de escolha -; visa usar sugestões para reduzir dissociações. !![b]Tema 5. TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE!![/b]!![b]5.1. Apresentação geral!![/b]O transtorno de personalidade é definido como um padrão estável de experiências e comportamentos afetivos, que se desvia significativamente do padrão da cultura de pertencimento do respectivo indivíduo, é generalizado e inflexível, tem seu início na adolescência ou no primeira parte da vida adulta, é estável ao longo do tempo e gera sofrimento ou incapacidade.- Os transtornos de personalidade são abordados a partir da perspectiva do modelo de traços, visto como relativamente estável trans-situacionalmente;- Os transtornos de personalidade aparecem quando os traços de personalidade se tornam muito inflexíveis, desadaptativos e geram incapacidade e sofrimento; - Esses transtornos podem ser egodistônicos (a pessoa vivencia um estado de sofrimento) ou egossintônicos (o sofrimento relacionado à doença não aparece); cabe ressaltar que, no primeiro caso, a experiência afetiva negativa aparece relacionada à presença da doença e às reações dos outros a ela, enquanto no segundo caso, o indivíduo não aceita que tenha um transtorno de personalidade, mas pode experimentar estados de angústia devido ao fato de que aqueles ao seu redor nãoaceita como é; Os transtornos de personalidade são agrupados com base em semelhanças descritivas: Grupo A – inclui transtornos de personalidade paranoide, esquizóide e esquizotípica. Sua característica comum é a excentricidade do Grupo B – inclui transtornos de personalidade anti-social, borderline, histriônico e narcisista. Suas características comuns são teatralidade, emotividade, extravagância. Grupo C – inclui transtornos de personalidade esquiva, dependente e obsessivo-compulsiva. Suas características comuns são ansiedade, medo. Transtornos de personalidade não especificados anteriormente - representa uma categoria utilizada em duas situações: (a) os sintomas indicam um transtorno de personalidade, com características pertencentes a vários transtornos deste grupo diagnóstico, mas os critérios para diagnosticar um transtorno de personalidade. transtorno de personalidade específico; (b) os sintomas indicam um transtorno de personalidade, mas as características sugerem um transtorno não incluído na categorização do DSM IV (por exemplo, personalidade passivo-agressiva).!![b] !![/b]! Epidemiologia !![/b] !![b]5.2.1. TRANSTORNO DE PERSONALIDADE PARANÓIDE!![/b]Epidemiologia- Na população em geral, a prevalência é de 0,5% -2,5%;- Na população clínica (pacientes internados em enfermarias psiquiátricas), a prevalência é de 10% - 30%;- Um aumento a prevalência é observada no caso de familiares de pessoas com esquizofrenia crônica e transtorno delirante persecutório. Característica Diagnóstico DSM IV - Critérios diagnósticos Desconfiança e suspeita em relação aos outros e suas razões; começa no início da idade adulta e se manifesta em vários contextos.A – a desconfiança e a suspeita dos outros e de suas razões se manifestam de quatro ou mais das seguintes maneiras: (a) suspeitas infundadas de que outros o estão explorando, ferindo ou enganando; b) desconfiança na lealdade de amigos e associados; (c) hesita em revelar-se a outros por receio (injustificado) de que não utilizem a informação contra ele; (d) acredita que por detrás de algumas observações ou acontecimentos neutros existem ameaças; o sa;(e) rancoroso; não esquece insultos, insultos; (f) sente, sem motivo aparente, que sua reputação e caráter estão sendo questionados e reage agressivamente; (g) sempre tem suspeitas infundadas sobre a fidelidade de seu companheiro de vida. b] 5.2.2 . TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ESQUIZOIDE!![/b]Epidemiologia- Ocorre muito raramente na população clínica hospitalizada;- Ocorre mais frequentemente em familiares de pacientes com esquizofrenia ou transtorno de personalidade esquizotípica Característica Diagnóstico DSM IV - Critérios diagnósticos Afastamento das relações sociais e. expressividade emocional reduzida em situações interpessoais; começa no início do período adulto e se manifesta em vários contextos. A- distanciamento e expressividade emocional reduzida se manifestam de quatro ou mais das seguintes maneiras: (a) não deseja ou aprova relacionamentos íntimos, inclusive aqueles de. família; (b) quase sempre prefere atividades solitárias; (c) não tem interesse em relações sexuais com outra pessoa; (d) não tem muitas atividades favoritas; ) parece indiferente aos elogios e críticas dos outros; (g) é desapegado, frio, sem emoção.!![b]5.2.3. TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ESQUIZOTÍPICA!![/b]Epidemiologia- Na população geral, a prevalência é de cerca de 3%;- Ocorre mais frequentemente em parentes de primeiro grau de pacientes com esquizofrenia;- Parentes de primeiro grau de pacientes com transtorno de personalidade tipo esquizotípico são mais propensos à esquizofrenia e outros transtornos psicóticos. O traço característico Diagnóstico DSM IV - Critérios diagnósticos Déficits sociais e interpessoais, desconforto e desconforto.capacidade reduzida de estabelecer relacionamentos próximos, distorções cognitivas e perceptivas, excentricidades comportamentais; começa no início do período adulto e se manifesta em uma variedade de contextos. Déficits e peculiaridades cognitivas, perceptivas e comportamentais se manifestam de cinco ou mais das seguintes maneiras: (a) ideias de referência (eventos diferentes têm um significado especial para). ele);(b) crenças estranhas e pensamento mágico (excedendo as normas da cultura de pertencimento);(c) experiências perceptivas incomuns, ilusões corporais;(d) pensamento e fala estranhos;(e) ideias paranóicas, suspeita;(f ) afetividade limitada, inadequada (g) comportamento e apresentação estranhos, excêntricos e peculiares (h) falta de amigos fora de parentes próximos (i) ansiedade social excessiva, que não diminui com a familiarização, associada a medos paranóicos e não negativos; autoavaliações.! 5.2.4. TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ANTISOCIAL!![/b]Epidemiologia- Na população geral, a prevalência é de 3% para homens e 1% para mulheres;- Na população clínica hospitalizada, a prevalência varia entre 3%-30%, dependendo das características população, atingindo valores ainda mais elevados em grupos tratados por abuso de substâncias ou grupos de criminosos. Traço característico Diagnóstico DSM IV - Critérios diagnósticos Desrespeito e violação dos direitos dos outros; começa na adolescência (15 anos) e manifesta-se em vários contextos. O desrespeito e a violação dos direitos dos outros manifesta-se de três ou mais das seguintes formas: (a) incumprimento das normas sociais, desinteresse em obedecer às normas. leis (b) a tendência de enganar, mentir e enganar os outros para ganho ou prazer pessoal (c) impulsividade ou incapacidade de planejar (d) irritabilidade e agressividade, indicadas por agressão e confrontos físicos frequentes (e) descuido e indiferença para com os próprios segurança e a dos outros (f) irresponsabilidade manifestada pelo não cumprimento do trabalho e das obrigações financeiras (g) falta de remorso pela lesão, brusquidão ou desapropriação do outro manifestada pela indiferença ou racionalizações !! TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE!![/b] Epidemiologia- Na população geral, a prevalência é de 2% (duas vezes mais comum em mulheres);- Na população clínica hospitalizada, as taxas de prevalência sobem para 20%;- No caso da população clínica com transtornos de personalidade, a prevalência é de 30%-60%;- O transtorno de personalidade borderline é 5 vezes mais comum em familiares de pacientes com essa condição;- A personalidade borderline é um terreno fértil para o surgimento da esquizofrenia;- Há também um risco familiar aumentado para transtorno de personalidade antissocial, transtornos afetivos e transtornos relacionados ao abuso de substâncias. Característica Diagnóstico DSM IV - Critérios diagnósticos Instabilidade nas relações interpessoais, autoimagem, afetividade e impulsividade aumentadas; começa no início da idade adulta e se manifesta em vários contextos. A instabilidade e a impulsividade se manifestam em cinco ou mais das seguintes maneiras: (a) esforços desesperados para evitar o abandono real ou imaginário; (b) relacionamentos interpessoais instáveis ​​e intensos, alternando entre idealização e abandono; depreciação; (c) transtornos de identidade; autoimagem e senso de identidade instáveis; (d) impulsividade em pelo menos dois domínios com potencial autodestrutivo (por exemplo, comportamento sexual, uso de substâncias, alimentação compulsiva, etc.); automutilação (f) instabilidade afetiva devido ao aumento da reatividade (mudanças frequentes de humor); (g) sensação crônica de “vazio de alma”; (h) intensas explosões de raiva e;raiva inadequada ou difícil de controlar; (i) ideação paranóica transitória, associada a estresse ou sintomas dissociativos graves!![b]5.2.6. TRANSTORNO DE PERSONALIDADE HISTRIÔNICA!![/b]Epidemiologia- Na população em geral, a prevalência é de 2%-3%;- Na população clínica hospitalizada, a prevalência é de 10%-15%. Característica Diagnóstico DSM IV - Critérios diagnósticos Afetividade. comportamentos excessivos e que chamam a atenção; começa no início da idade adulta e se manifesta em vários contextos. A afetividade excessiva e a necessidade de atenção se manifestam de cinco ou mais das seguintes maneiras: (a) sente-se desconfortável em situações em que não é o centro das atenções; é caracterizado por comportamento inapropriado e provocativo com fortes conotações sexuais; (c) a expressividade emocional é superficial e flutua rapidamente; (d) usa frequentemente a imagem física para atrair a atenção de outras pessoas; (e) a fala tem conotações dramáticas e é pobre em detalhes; (f) manifestações de teatralidade e expressividade emocional exagerada; (g) sugestionabilidade acentuada; (h) percebe os relacionamentos como mais íntimos do que são na realidade.!![b] !![/b]!![b] 5.2.7 . TRANSTORNO DE PERSONALIDADE NARCISISTA!![/b]Epidemiologia- Na população em geral, a prevalência é de 1%;- Na população clínica, a prevalência é de 2%-16%;- Entre as pessoas diagnosticadas com este transtorno, 50%-75 % são homens;- Está por vezes associado a perturbação de personalidade histriónica;- A prevalência registou uma tendência crescente nos últimos anos. O traço característico Diagnóstico DSM IV - Critérios de diagnóstico A necessidade de ser admirado e a falta de empatia; começa no início da idade adulta e se manifesta em vários contextos A necessidade de ser admirado e a falta de empatia se manifestam de cinco ou mais das seguintes maneiras: (a) um senso exagerado de auto-importância (b) nutre fantasias de sucesso ilimitado; , poder, genialidade, beleza ou amor ideal; (c) acredita que é único e especial e deve interagir apenas com outras pessoas ou instituições poderosas e especiais; l(f) nas relações interpessoais explora os outros para atingir os seus objetivos; (g) carece de empatia; não percebe e não reconhece os sentimentos e necessidades das pessoas ao seu redor; (h) tem inveja dos outros e pensa que os outros também o invejam; (i) adota atitude e comportamento arrogante e condescendente.!![b]5.2.8. TRANSTORNO DE PERSONALIDADE EVITANTE!![/b]Epidemiologia- Na população geral a prevalência é de 0,5%-1%;- Ocorre em 10% dos pacientes com transtornos mentais tratados ambulatorialmente;- Ocorre com a mesma frequência em homens e mulheres. Traço característico Diagnóstico DSM IV - Critérios diagnósticos Inibição social, sentimento de inadequação, hipersensibilidade a avaliações negativas; começa no início da idade adulta e se manifesta em vários contextos. Inibição social, sentimentos de inadequação e hipersensibilidade a avaliações negativas manifestam-se de quatro ou mais das seguintes maneiras: (a) evita profissões que envolvam contatos interpessoais frequentes, por medo. de críticas, desaprovação ou rejeição (b) não se envolve em relacionamentos se não tiver certeza de que a outra pessoa gosta dele; (c) é contido em relacionamentos íntimos por medo de ser ridicularizado; (d) está preocupado com a ideia; de ser criticado ou rejeitado em situações sociais; (e) fica inibido em novas situações interpessoais, devido a sentimentos de inadequação; (f) vê-se como incapaz de lidar com as relações sociais, pouco atraente e inferior aos outros; cauteloso ao ter que assumir riscos pessoais ou se envolver em novas atividades por medo de nãoridículo.!![b] !![/b]!![b]5.2.9. TRANSTORNO DE PERSONALIDADE DEPENDENTE!![/b]Epidemiologia- Na população geral a prevalência é de 2,5%;- Ocorre mais frequentemente em mulheres;- É um dos transtornos de personalidade mais frequentes encontrados na população clínica hospitalizada;- É frequentemente associado ao transtorno de personalidade esquiva. Característica DSM IV Diagnóstico - Critérios diagnósticos Necessidade excessiva de proteção levando a comportamentos submissos e dependentes e medo de abandono; começa no início da idade adulta e se manifesta em vários contextos. A necessidade de proteção, comportamento submisso e medo de abandono se manifestam de cinco ou mais das seguintes maneiras: (a) tem dificuldade em tomar decisões do dia a dia na ausência de. aconselhamento e apoio a outros; (b) precisa que outros assumam a responsabilidade por aspectos importantes da sua vida; (c) tem dificuldade em expressar desacordo com os outros por medo de perder apoio; (d) tem dificuldade em iniciar projetos ou fazer coisas; sozinho (baixa autoeficácia); (e) faria quase qualquer coisa para garantir o apoio e a proteção dos outros, até mesmo se voluntariando para fazer coisas desagradáveis; (f) sente-se desconfortável e desamparado quando está sozinho por medo de não conseguir; para lidar com isso; (g) quando um relacionamento próximo se rompe, ele imediatamente procura outro em que possa encontrar proteção e apoio; (h) ele está excessivamente preocupado com a possibilidade de ser deixado à própria sorte.!![b; ]5.2.10. TRANSTORNO DE PERSONALIDADE OBSESSIVO-COMPULSIVA!![/b]Epidemiologia- Na população geral, a prevalência é de 1%;- Na população clínica, a prevalência é de 3%-10%;- Ocorre duas vezes mais em homens - Ocorre; é um transtorno diferente do transtorno obsessivo-compulsivo dentro dos transtornos de ansiedade. Característica DSM IV Diagnóstico - Critérios diagnósticos Preocupação com ordem, perfeccionismo, controle mental e interpessoal, em detrimento da flexibilidade, abertura, eficiência; começa no início da idade adulta e se manifesta em vários contextos. A preocupação com ordem, perfeccionismo, controle mental e interpessoal se manifesta de quatro ou mais das seguintes maneiras: (a) preocupação com detalhes, regras, listas, ordem, organização, de modo que o perde-se o objetivo principal da atividade; (b) manifesta perfeccionismo que interfere na realização de uma tarefa; (c) dedica-se excessivamente ao trabalho e à produtividade, a ponto de eliminar atividades recreativas e amizades; (d) é rígido e excessivamente consciente de questões de moralidade, ética ou valores; (e) não pode jogar fora objetos antigos, mesmo que não tenham valor sentimental; (f) hesita em delegar responsabilidades ou trabalhar com outras pessoas se estas não seguirem rigorosamente os seus padrões; ) é mesquinho consigo mesmo e com os outros; o dinheiro é coletado para dias sombrios; (h) é rígido e teimoso.!![b]5.2.11. TRANSTORNO DE PERSONALIDADE NÃO ESPECIFICADO!![/b]- É uma categoria utilizada para transtornos de personalidade que não atendem aos critérios dos transtornos apresentados anteriormente; ou o quadro clínico apresenta características mistas (de diferentes transtornos de personalidade), ou corresponde a um transtorno de personalidade não incluído nesta classificação: transtorno de personalidade depressivo ou passivo-agressivo.- Passivo-agressivo – o histórico é agressivo (atitude agressiva diante das demandas sociais e profissional), mas a manifestação é a resistência passiva.- Depressivo - caracterizado por pessimismo, baixa autoestima, infelicidade, insatisfação, depressão, sentimentos de inutilidade, alta autocrítica, tendência à autoculpa e remorso.!![b ]5.3. Diagnóstico diferencial!![/b]O distúrbio com o qual é feitodiagnóstico diferencial Índices de diferenciação Transtornos psicóticos - Os transtornos de personalidade paranóide, esquizóide e esquizotípica têm muitas características em comum com a esquizofrenia, os transtornos afetivos com características psicóticas e outros transtornos psicóticos - O diagnóstico de transtorno de personalidade é feito apenas se os sintomas não aparecerem exclusivamente em. durante um transtorno do eixo I. Transtornos de ansiedade - Mudanças de personalidade que ocorrem e persistem após a exposição a um evento traumático justificam um diagnóstico de estresse pós-traumático - Tendências de esquiva em situações sociais também aparecem na fobia social e no transtorno de personalidade do tipo esquiva; a diferença se dá pelo momento de início, pela gravidade da deficiência, pela variedade de situações em que ela se manifesta. Transtornos relacionados ao consumo de substâncias - O diagnóstico de transtorno de personalidade não é feito apenas com base nos comportamentos que são. a consequência direta do consumo de substâncias, a renúncia ao consumo de substâncias, atividades que facilitam o vício (por exemplo, alterações de personalidade devido a uma condição médica geral - Não é feito um diagnóstico de transtorno de personalidade se as alterações ocorrerem). como resultado da presença de uma condição médica geral (por exemplo, um tumor cerebral). Traços de personalidade que não atingem o nível que justificaria um diagnóstico de transtorno de personalidade - Os traços de personalidade definem um transtorno de personalidade apenas se forem inflexíveis, desadaptativos, persistente e causa grandes dificuldades na vida da pessoa.!![b]5.4. Etiologia!![/b]Normalmente, no caso de um único paciente com transtornos de personalidade, verifica-se a presença de vários tipos desses transtornos.!![b]5.5. Abordagens para transtornos de personalidade!![/b]A. Abordagens biológicas - os transtornos de personalidade são explicados apelando ao fator genético - os dados de partida no caso dessas teorias provêm de estudos correlacionais, que indicam que a prevalência desses transtornos (especialmente os do grupo A) é maior no primeiro grau; familiares dos pacientes estudados - com base em estudos correlacionais foi demonstrado que no caso de: - grupo A - o fator genético é muito importante; - grupo B - o fator genético é importante; é menos influente.!!! não se sabe exatamente se é apenas o substrato genético, ou também um comportamento aprendido. Vários fatores foram incriminados: fatores temperamentais - por exemplo, o colérico corresponderia à personalidade do tipo antissocial, enquanto o melancólico aos do tipo hormonal evitativo e dependente - por exemplo, o excesso de testosterona seria a base do comportamento agressivo MAO (óxido de monoamina) - excesso da MAO seria característica de pessoas retraídas (esquizotípicos, esquizóides), enquanto a deficiência de MAO caracterizaria a tendência de se envolver em relacionamentos interpessoais (histriônicos) Neurotransmissores – o excesso de endorfinas estaria associado a traços passivos, enquanto a deficiência de serotonina estaria associada à impulsividade e agressividade.B. Abordagens psicológicas Teoria psicanalítica - existe uma personalidade latente nos bastidores e uma personalidade manifesta - a dinâmica da personalidade manifesta depende da dinâmica dos bastidores - a personalidade adulta é formada de acordo com o; luta interna para resolver conflitos e fixação em diferentes estágios de desenvolvimento: - se a fixação aparecer no estágio I (oral, 0-1 anos), as pessoas serão caracterizadas por agressão verbal ou física - se a fixação aparecer no estágio II (; anal, 1-3 anos), as pessoas serão calmas, introvertidas; corresponde à personalidade obsessivo-compulsiva - se a fixação ocorre no estágio III (fálico, 3-5 anos), os complexos de Édipo e Electra não resolvidos dão origem a distúrbios neuróticos de personalidade que são mecanismos defensivos pelos quais a criança se defende: projeção em. o caso da personalidade paranóica, SEPARAÇÃOno caso do borderline. Teoria cognitivo-comportamental De acordo com esta teoria, traços de personalidade são nomes dados a respostas relativamente estáveis. Essas respostas são: Respostas Dimensões da personalidade Teorias e modelos explicativos Abordagem psicoterapêutica Biológica - voltada principalmente para temperamentos - teorias mais biológicas - o paciente é ensinado a se adaptar ao mundo com seu problema (treinamento de resolução de problemas) Cognitivo Comportamental Subjetivo - visa principalmente o caráter e as habilidades (avaliação de valores e na perspectiva do desempenho) - mais teorias psicológicas de aprendizagem; traços de caráter constituem padrões cognitivo-comportamentais modificáveis ​​- intervenção e reestruturação cognitiva para modificar esquemas particulares e gerais Suposições, leis, crenças Esquemas cognitivos (condicionados e incondicionais) Estímulos do ambiente que interagem com os esquemas, e com base nos esquemas é feita sua seleção (interação com duplo sentido) Pensamentos automáticos) Teoria cognitiva de Beck & Freeman Respostas cognitivas, comportamentais, biológicas, subjetivas (sintomas a partir dos quais o diagnóstico é feito) Esquemas cognitivos - para influenciar os sintomas, pensamentos automáticos, crenças, esquemas cognitivos devem ser modificados; - esquemas cognitivos podem ser incondicionais (por exemplo, “sou incompetente”) e condicionados (por exemplo, “se não faço as coisas perfeitamente, então não vale a pena fazê-las” – mudar os pensamentos automáticos sem mudar os pensamentos automáticos); esquema cognitivo faz com que, em outro contexto, sejam gerados outros pensamentos automáticos. Transtorno de personalidade Estratégia utilizada Esquemas utilizados Estratégias subdesenvolvidas Estratégias compensatórias Esquizóide Isolamento "se eu deixar os outros se aproximarem demais minha vida será insuportável", "Não sou como os outros" , "Preciso ficar sozinho" IntimidadeReciprocidadeAutonomiaIsolamentoEsquizotípicoDesconfiançaExcentricidade“as coisas e o mundo não são o que parecem”ConformidadePensamento lógicoEvasão socialPensamento mágicoParanóicoInterpretaçãoProjeção“Não posso confiar nos outros”, “pessoas gentis me enganam”, “todo mundo me quer muito”, “Eu não preciso acreditar em ninguém”EspontaneidadeInterpretaçãoAntisocialAtaque“Eu sou o mais importante”, “as pessoas existem para serem enganadas” EmpatiaReciprocidadeAssertividadeAgressividadeExploraçãoHistriônicoTeatralismo“Preciso impressionar, atrair atenção, ser considerado importante”ControleOrganizarPlanejamentoImpulsividadeExpressividadeBorderlineAmbivalência“Sou incompetente”, “Sou insatisfeito e sem importância”, “todos vão me abandonar” Habilidades sociais Solução de problemas Comunicação Uso de álcool Relacionamentos instáveis ​​Automutilação Narcisista Superestimação “Eu sou incrível”, “Eu sou o melhor”, “Preciso ser apreciado pelos outros” Separação Identificando um grupo de pertencimento Supervalorização Competitividade Evita Evitação “algo ruim pode acontecer comigo”, “aqueles ao meu redor podem machucar” Assertividade Evitação Inibição Afastamento social Dependente Apego “Não consigo fazer nada sozinho”, “Não consigo ter sucesso sozinho” Autonomia Necessidade de apoio Apego Obsessivo-compulsivo Perfeccionismo “os erros são catastróficos”, “Tenho que fazer tudo perfeitamente” Espontaneidade Superficialidade Controle excessivo Responsabilidade assumida Conceitualização - esquemas existentes levam ao surgimento de estratégias (comportamentos, conhecimentos) subdesenvolvidas, duplicadas por estratégias compensatórias Terapia (superdesenvolvida) - visa modificar esquemas cognitivos e de intervenção para promover estratégias subdesenvolvidas e reduzir estratégias superdesenvolvidas.- !![b]5.6. A evolução e o prognóstico da doença!![/b]- As características de um transtorno de personalidade podem ser reconhecidas a partir da adolescência ou início da vida adulta.- Por definição, um transtorno de personalidade representa um padrão de pensamento, afetividade, comportamento que é relativamente estável ao longo do tempo.- Alguns transtornos de personalidade (especialmente o tipoanti-social e limítrofe) tendem a regredir com a idade; isso é menos verdadeiro para outros (por exemplo, obsessivo-compulsivo ou esquizotípico).!![b]5.7. Tratamento!![/b]Técnicas cognitivo-comportamentais para mudança de comportamentos e cognições que apoiam manifestações desadaptativas e relativamente estáveis, adaptação a situações problemáticas Técnicas dinâmico-psicanalíticas para eliminação de conflitos que apoiam manifestações humanísticas-experimentais para promover a liberdade de expressão e desenvolvimento pessoal. Módulo III. TRANSTORNOS PSICÓTICOS DE ACORDO COM O DSM-IV !![b]Tópico 6. TRANSTORNOS PSICÓTICOS!![/b]!![b]6.1. Visão geral!![/b]- Esta categoria inclui transtornos cuja principal característica é a presença de sintomas psicóticos;- O termo "psicótico" recebeu, ao longo do tempo, diversas definições:- em sentido estrito - indica a presença de delírio e despercebido alucinações propriamente ditas - em sentido amplo - indicam a presença de alucinações percebidas como tais pela pessoa (o paciente percebe que está vivenciando uma alucinação - em sentido muito amplo - indica a presença de outros sinais positivos de esquizofrenia (); fala desorganizada, comportamento catatônico ou desorganizado), além de delírio e alucinações.- Nesta categoria estão incluídos os seguintes transtornos: (1) Esquizofrenia- É um transtorno que dura pelo menos 6 meses, dos quais pelo menos um mês de atividade manifestação de sintomas (por exemplo, delírio, alucinações, fala desorganizada, comportamento catatônico ou desorganizado, sintomas negativos); - Esse transtorno foi descrito por Kraepelin como "demência precoce" (com início por volta dos 20 anos para homens e 30 anos para mulheres) ; considerou que existem causas biológicas (ao nível do cérebro) para os três tipos descritos: esquizofrenia do tipo catatónica, hebefrénica e paranóide - E. Bleuler interessa-se pelas experiências psíquicas da esquizofrenia, identificando como sintomas básicos: falta de afetividade; integração, ambivalência e autismo; é ele quem chamará esse transtorno de “esquizofrenia”, estando convencido da origem orgânica da condição à qual deu novo nome – K Schneider insiste em outros critérios diagnósticos; proporei uma divisão deles em: - critérios de primeira ordem - alucinações (especialmente auditivas, que também são suficientes para o diagnóstico de esquizofrenia; aparecem na forma de vozes comentando o comportamento da pessoa ou discutindo entre si) e delírios ( bizarro ou referencial) - critérios de segunda ordem - fala desorganizada, sintomas negativos (achatamento afetivo, alogia, abulia, aedonia), pensamento desorganizado.- Cinco tipos de esquizofrenia são apresentados no DSM IV: tipo paranóide - é o menos grave; o traço característico consiste na presença de delírios e alucinações, com preservação das funções cognitivas e afetivas; sintomas como: fala desorganizada, comportamento catatônico ou desorganizado, achatamento afetivo e outros sintomas negativos são menos presentes; tipo desorganizado – é o mais grave; caracteriza-se por: fala desorganizada, comportamento desorganizado, achatamento afetivo e expressividade emocional inadequada - caracteriza-se principalmente por distúrbios psicomotores graves: excitação catatônica (agitação motora sem sentido e não relacionada a estímulos externos), negativismo catatônico (resistência a qualquer um). instrução), rigidez catatônica (membros rígidos), estupor catatônico (falta de reação aos estímulos do ambiente), postura catatônica (adoção de posturas estranhas), mutismo, imobilidade, movimentos voluntários bizarros, ecolalia, ecopraxia), imobilidade motora manifestada por catalepsia ( flexibilidade cerosa). do tipo indiferenciado - caracteriza-se pela presença de sintomas específicos da esquizofrenia, mas que não atendem aos critérios dos demais tipos.apresentado do tipo residual - é utilizado em situações em que houve pelo menos um episódio de esquizofrenia, mas o quadro clínico atual inclui sintomas negativos, sendo os positivos bastante atenuados (2) Transtorno esquizoafetivo - Caracteriza-se pela presença. de um episódio de transtorno afetivo (depressão ou mania) simultaneamente à fase ativa da esquizofrenia, sendo estes precedidos ou seguidos por pelo menos duas semanas de alucinações e delírio, sem transtornos de humor. (3) Transtorno esquizofrênico - O quadro clínico assemelha-se ao do transtorno de humor. esquizofrenia, mas a duração da presença dos sintomas é inferior a 6 meses, não sendo o declínio funcional tão pronunciado (4) Transtorno delirante - A principal característica consiste na presença, por pelo menos um mês, de diversas formas de delirium, em. a ausência de outros sintomas específicos da esquizofrenia; as alucinações não constituem sintoma dominante, e as olfativas e gustativas presentes estão relacionadas ao conteúdo do delirium (5) Transtorno psicótico curto - Os sintomas duram mais de um dia e menos de um mês. transtorno - Caracteriza-se pelo fato de a sintomatologia (conteúdo do delirium) ser retirada de uma pessoa que apresenta transtorno psicótico (7) Transtorno psicótico devido a um quadro somático - Caracteriza-se pelo fato de os sintomas psicóticos. são determinados pela presença de um quadro somático (8) Transtorno psicótico por uso de substâncias - Caracteriza-se pelo fato de os sintomas psicóticos serem determinados pelo uso de substâncias, drogas ou exposição a substâncias tóxicas. - Inclui sintomas psicóticos que não atendem aos critérios dos transtornos apresentados anteriormente.!![b] 6.2. Epidemiologia !![/b]!![b]6.2.1. ESQUIZOFRENIA!![/b]Epidemiologia- Na população geral a prevalência é de 1,5%;- Das pessoas com esse transtorno, 2/3 são tratadas em unidades hospitalares;- O risco da doença é 10 vezes maior para familiares I de pacientes com esquizofrenia;- Existem diferenças de gênero; assim, no caso das mulheres, registram-se com maior frequência o início tardio da doença, transtornos de humor mais pronunciados e um prognóstico mais favorável. Evolução e prognóstico do transtorno - O início da doença ocorre por volta dos 20 anos para os homens e. 30 para mulheres; - O início pode ser repentino ou insidioso; na maioria dos casos há também uma fase prodrômica, manifestada pelo aparecimento gradual de vários sinais e sintomas - O curso da doença pode ser crônico ou variável, com remissões e períodos de recorrência Diagnóstico DSM IV - Critérios diagnósticos sintomas característicos: - duas ou mais das seguintes manifestações devem estar presentes na maioria das vezes durante um período de um mês (na ausência de tratamento): delírio, alucinações, fala desorganizada, comportamento catatônico ou desorganizado, sintomas negativos - No caso de delírio bizarro; ou alucinações auditivas, apenas um critério é suficiente. incapacidade social/ocupacional pronunciada; a duração dos sinais do quadro é superior a 6 meses, com pelo menos um mês de sintomas específicos da fase ativa; do uso de substâncias e condições médicas gerais; relação com transtornos invasivos do desenvolvimento (por exemplo, autismo) - para fazer o diagnóstico adicional de esquizofrenia é necessária a presença de delírio e alucinações. Diagnóstico diferencial. Transtorno com o qual é feito o diagnóstico diferencial. Índices de diferenciação.transtorno esquizoafetivo - os sintomas psicóticos aparecem exclusivamente durante o transtorno de humor (transtornos afetivos com elementos psicóticos) - os transtornos afetivos aparecem durante a manifestação dos transtornos psicóticos (fase ativa), estão presentes na maior parte do tempo durante toda a duração do transtorno e devem existir em pelo menos duas semanas em que há manifestações psicóticas, na ausência de transtorno do humor afetivo (transtorno esquizoafetivo - os transtornos do humor afetivo têm curta duração em relação à duração do transtorno e aparecem apenas nas fases prodrômica ou residual (esquizofrenia); . Transtorno esquizofreniforme e transtorno psicótico curto - o principal critério de diferenciação diz respeito à duração dos sintomas e sua gravidade (com impacto no declínio funcional - delirium não bizarro e ausência de sintomas de fase ativa (transtorno delirante) versus delirium bizarro e ativo). sintomas de fase (esquizofrenia); a esquizofrenia do tipo paranóide é mais difícil de diferenciar, porque os critérios de segunda ordem não aparecem. Transtornos invasivos do desenvolvimento - início antes dos 3 anos de idade, e delírio e alucinações não são sintomas básicos (transtornos invasivos do desenvolvimento da personalidade esquizóide). tipo esquizotípico, paranóide.- Esses transtornos podem preceder o início da esquizofrenia; quando os sintomas são graves o suficiente para satisfazer o critério A., é feito o diagnóstico adicional de “transtorno dissociativo de identidade” - alucinações auditivas e delírios, especialmente de perseguição, com manutenção das funções cognitivas e afetivas (esquizofrenia do tipo paranóide) versus múltiplas personalidades. conversa entre si e transição repentina de um para outro, com alterações nas funções cognitivas e afetivas (transtorno dissociativo de identidade).!![b]6.2.2. TRANSTORNO ESQUIZOAFETIVO!![/b]Epidemiologia- embora não haja informações precisas sobre a prevalência deste transtorno, parece ser menos comum que a esquizofrenia;- parece ocorrer mais frequentemente em mulheres e em idosos. Evolução e prognóstico de. o transtorno - o início típico do transtorno ocorre no primeiro período da vida adulta, embora possa iniciar em qualquer momento, desde a adolescência até a velhice - o prognóstico do quadro é mais favorável em relação ao da esquizofrenia e menos favorável em relação ao; a perturbações afectivas - é muito raro registar-se incapacidade grave profissional e ocupacional. Diagnóstico DSM IV – Interposição de critérios diagnósticos de episódio depressivo maior, maníaco ou misto durante a doença, que se sobrepõe aos sintomas correspondentes ao critério A da esquizofrenia; , houve pelo menos duas semanas em que foram registrados delírios e alucinações, na ausência de transtornos afetivos significativos, a sintomatologia que satisfaz os critérios de transtorno afetivo está presente durante quase toda a duração das fases ativa e residual do quadro; os sintomas não são decorrentes do consumo de substâncias ou de um quadro médico geral (dependendo das especificidades do episódio afetivo, há transtorno esquizoafetivo do tipo bipolar e depressivo).Diagnóstico diferencialO transtorno com o qual é feito o diagnóstico diferencial; Transtornos psicóticos por quadro somático, delírio, demência, transtornos psicóticos por uso de substâncias.- O principal critério de diferenciação consiste na associação etiológica da presença de sintomas com abuso de substâncias e/ou transtornos afetivos com elementos psicóticos. e esquizofrenia - os sintomas psicóticos aparecem exclusivamente durante o transtorno de humor (transtornos afetivos com elementos psicóticos) - os transtornos afetivos aparecem durante a manifestação dos transtornos psicóticos (fase ativa), estão presentes na maior parte do tempo durante toda a duraçãomanifestação do transtorno e deve haver pelo menos duas semanas em que haja manifestações psicóticas, na ausência do transtorno do humor afetivo (transtorno esquizoafetivo) - os transtornos do humor afetivo têm duração curta em relação à duração do transtorno e aparecem apenas nas fases prodrômica ou residual (esquizofrenia). Transtorno delirante - delirium não bizarro e falta de sintomas da fase ativa (transtorno delirante) versus delirium bizarro e sintomas da fase ativa (transtorno esquizoafetivo). !![b]6.2.3. TRANSTORNO ESQUIZOFRENIFORME! Transtorno esquizofreniforme comparado à esquizofrenia Evolução e prognóstico do transtorno Aproximadamente 1/3 das pessoas diagnosticadas com esse transtorno estarão recuperadas após um período de 6 meses; no caso dos outros 2/3, a condição progredirá para esquizofrenia ou transtorno esquizoafetivo. Diagnóstico do DSM IV – Os critérios diagnósticos A., D. e E. de esquizofrenia são satisfeitos, a duração de um episódio é de no mínimo um. mês e no máximo 6 meses Diagnóstico diferencial O transtorno com o qual é feito um diagnóstico diferencial Índices de diferenciação* veja a discussão da esquizofrenia Transtorno psicótico curto - com duração inferior a um mês (transtorno psicótico breve) versus duração superior a um mês (esquizofreniforme). desordem).!! [b] 6.2.4. TRANSTORNO DELUSIONAL!![/b] Tipos de delírios, dependendo de quais subtipos do transtorno são descritos: delírio erotomaníaco - a pessoa pensa que é amada por uma pessoa com um status sociocultural mais elevado; grandiosidade) - a pessoa está convencida de que possui talentos especiais, que fez grandes descobertas ou que tem um relacionamento próximo com uma pessoa extremamente importante, delírio de ciúme - a pessoa pensa que está sendo enganada pelo delírio de seu companheiro de vida; perseguição - a pessoa está convencida de que está sendo seguida, envenenada, espionada ou objeto de delírio de tipo somático - o tema do delírio, neste caso, são as funções e sensações corporais (presença de cheiros, parasitas, infecções, etc.); delírio de tipo misto – delírio em que não há tema dominante de tipo não especificado – delírio em que o tema não está claramente especificado ou não corresponde aos outros subtipos; Epidemiologia - em grupos clínicos, internados em enfermarias psiquiátricas, a prevalência é de 1%-2% - na população geral, estima-se que a prevalência seja de 0,03%. Evolução e prognóstico do transtorno - o início do transtorno é em; a segunda metade da vida adulta - o mais registrado é o delírio de perseguição - o curso da doença pode ser crônico, com períodos de remissão e recorrência da doença - estima-se que o delírio de ciúme tenha melhor; prognóstico do que o de perseguição. Diagnóstico do DSM IV – Critérios diagnósticos para delirium não bizarro (situações que podem ocorrer na vida cotidiana) com duração de pelo menos um mês, o critério A. de esquizofrenia nunca foi atendido; aparecem deficiências ou comportamentos bizarros; os distúrbios que podem ocorrer simultaneamente com o delirium são de curta duração; os sintomas não são decorrentes do consumo de substâncias ou de uma condição médica geral. *especificar o tipo de delirium. feito Índices de diferenciação *veja anteriormente o diagnóstico diferencial com os demais transtornos psicóticos Hipocondria- o medo de ter uma doença grave é menos intenso, a pessoa admitindo que existe a possibilidade de não ter a referida doença (hipocondria) versus a crença inabalável que ele está doente (transtorno delirante) Transtorno dismórfico - a crença de que certas partes do corpo são desproporcionais e desagradáveis, o paciente admitindo que sua percepção pode estar distorcida (transtornodismórfico) versus a crença de que certas partes ou órgãos do corpo estão distorcidos, disfuncionais ou parasitados (transtorno delirante) Transtorno obsessivo-compulsivo - a pessoa reconhece o caráter intrusivo e exagerado de suas obsessões (TOC) versus a crença de que elas são justificadas ( transtorno delirante) tipo de personalidade paranóica - as ideias delirantes não são tão claras e persistentes como no caso do transtorno delirante (transtorno de personalidade). !![b]6.3.4 TRANSTORNO PSICÓTICO BREVE!![/b] Epidemiologia- os dados existentes sugerem que é um transtorno raro;- deve ser diferenciado das manifestações específicas de certas cerimônias religiosas ou culturais. Evolução e prognóstico do transtorno. - a idade média de início é de 30 anos - a sintomatologia remite no máximo um mês após o início (às vezes dura apenas alguns dias). - Critérios diagnósticos a presença de um ou mais dos seguintes sintomas: delirium, alucinações, fala desorganizada, comportamento catatônico ou desorganizado; a duração do transtorno é de no mínimo um dia e no máximo um mês, com remissão completa dos sintomas após esse período os sintomas não são decorrentes do consumo de substâncias ou de um tratamento médico geral; doença. Diagnóstico diferencial Transtorno com o qual é feito o diagnóstico diferencial Índices de diferenciação* veja previamente o diagnóstico diferencial com os demais transtornos psicóticos Transtornos factícios e simulação - os sintomas são produzidos intencionalmente para benefício externo (simulação) ou para assumir o papel de o paciente (transtornos factícios) versus os sintomas aparecem involuntariamente ( transtorno psicótico breve) Transtornos de personalidade - no contexto de um transtorno de personalidade, o estresse pode causar o aparecimento de manifestações psicóticas; se a duração exceder um dia, é feito um diagnóstico adicional de transtorno psicótico breve. !![b]6.3.5 TRANSTORNO PSICÓTICO COMPARTILHADO (Folie à Deux)!![/b]Epidemiologia- estima-se que o transtorno ocorra com mais frequência em mulheres do que em homens;- não há dados epidemiológicos claros A evolução e. prognóstico do distúrbio - na falta de intervenção, o curso da doença é crônico - após a separação do indivíduo da pessoa doente, o distúrbio ora remite rapidamente, ora gradualmente. Diagnóstico DSM IV - Critérios diagnósticos o delirium ocorre em um indivíduo. em relacionamento próximo com pessoa que já foi diagnosticada com presença de ideias delirantes; a temática do delirium é semelhante em ambos; Diagnóstico diferencial. O transtorno com o qual é feito o diagnóstico diferencial. !![b]6.4. Modelos etiopatogenéticos!![/b] (1) O modelo psicanalítico Existem duas explicações psicanalíticas: a) Regressão - os conflitos na vida adulta levam à regressão a um estágio anterior de desenvolvimento, ao qual há uma fixação. No caso dos transtornos psicóticos a fixação é na fase oral, enquanto nas neuroses a fixação na fase fálica é específica.b) Teoria da relação com o objeto - surge um conflito entre o eu e a realidade; o eu não está bem diferenciado do mundo circundante, sendo a percepção das pessoas e da realidade fragmentada (preto-branco, percepção boa-má). Normalmente, o eu normal é autônomo, bem diferenciado do mundo circundante, tendo uma perspectiva diferenciada sobre os outros e a realidade circundante. O subdesenvolvimento normal do ego leva a dificuldades de interação com o mundo, tornando a vida um estressor permanente (2) O modelo de vulnerabilidade ao estresse A suposição básica é que as pessoas que têm transtornos psicóticos apresentam uma vulnerabilidade (principalmente biológica, mas também psicológica) a. a doença. Em interação comeventos estressantes, fatores de vulnerabilidade provocam o aparecimento de transtornos psicóticos a) Aspectos biológicos da vulnerabilidade: - atrofia ou diminuição do número de células do sistema límbico e dos gânglios da base; hipofrontalidade - excesso de dopamina em geral e déficit de dopamina nos lobos frontais; os antipsicóticos atuam ao nível dos receptores D1 (controle dos sintomas positivos), enquanto os sintomas negativos parecem estar relacionados ao número de receptores D2.b) Aspectos psicológicos da vulnerabilidade:- as mesmas predisposições aparecem no caso da esquizofrenia, esquizóide e esquizotípica transtorno de personalidade - são considerados fatores de vulnerabilidade: ambiente familiar inadequado (mensagens verbais e não verbais contraditórias, transmitidas pelos dois pais; separação entre os pais e proximidade entre a criança e o genitor do sexo oposto; competição entre os pais pelos favores da criança; ; bloqueio da expressividade emocional; , em pessoas provenientes de grandes aglomerações urbanas, em pessoas nascidas no outono, primavera ou inverno, devido a fatores nutricionais). Estudos experimentais indicam a seguinte hierarquia em termos de vulnerabilidade aos transtornos psicóticos: - primeiro lugar - crianças nascidas e criadas por mães com problemas mentais - segundo lugar - crianças nascidas de mães com problemas mentais e criadas em famílias normais - terceiro lugar - crianças nascidas e criadas em famílias normais.!![b]6.5. Fatores de risco!![/b]Em geral, no caso de transtornos psicóticos, há um risco aumentado para esta categoria de condições nos familiares biológicos de pessoas doentes.!![b]6.6. Tratamento!![/b]- O tratamento é principalmente medicamentoso, visando reduzir os sintomas e estabilizar o indivíduo. Na fase ativa da doença, a terapia medicamentosa é essencial e, na fase de remissão dos sintomas, a psicoterapia oferece a oportunidade de formar reações adaptativas. A psicoterapia e o aconselhamento psicológico são úteis na prevenção primária da doença (intervenção ao nível do grupo primário) e na fase prodrómica (educação para reconhecer o aparecimento dos sintomas). A sintomatologia relacionada com a fase prodrómica: - isolamento social acentuado). ; - deterioração da capacidade de lidar com as exigências profissionais - comportamento atípico ou novo para o indivíduo; - diminuição da preocupação com a higiene pessoal - achatamento afetivo e afetividade inadequada à situação; alterações de linguagem - acentuada falta de iniciativa e diminuição de interesses - a psicoterapia é utilizada como método complementar na fase ativa da doença: Técnicas cognitivo-comportamentais para redução de delírios e alucinações que não cedem à medicação, aumentando a adesão ao tratamento, reduzindo sintomas negativos; Hipnoterapia para fortalecimento do ego; Técnicas cognitivo-comportamentais com função educativa (inclusão no grupo social) e para prevenção de recaídas. !![b]Tema 7. TRANSTORNOS DE IMPULSO!![/b]!![b]7.1. Visão geral!![/b]Embora existam outros transtornos que envolvem problemas no autocontrole de impulsos (parafilias, transtorno de personalidade anti-social, esquizofrenia, transtornos afetivos, etc.), esta seção inclui seis transtornos específicos caracterizados por:(1) o impulso para realizar um comportamento que tem consequências negativas para a pessoa em questão ou para aqueles que a rodeiam; (2) abster-se desses comportamentos leva ao aumento da tensão e à ativação fisiológica (3) relaxamento e estados de prazer, satisfação após cometer o respetivo;comportamentos (funcionando como reforço negativo para eles); (4) os comportamentos podem ser planejados ou espontâneos; (5) a execução dos comportamentos pode ou não ser seguida de sentimentos de culpa, vergonha, arrependimento porque esses comportamentos são apoiados por uma motivação. internos e são reforçados negativamente pelo fato de sua execução levar ao relaxamento, são muito difíceis de mudar. Os atos impulsivos constituem comportamento egossintônico (produzem prazer); após cometer os comportamentos, a pessoa pode vivenciar estados egossintônicos (relaxamento, prazer) ou estados egodistônicos (sentimentos de culpa, vergonha). Esta categoria inclui: (1) Transtorno explosivo intermitente - caracterizado pela presença de episódios de agressão incontrolável, que acompanham. atacar pessoas ou destruir seus bens; (2) Cleptomania – tem como característica básica a incapacidade de controlar o impulso de roubar objetos que o indivíduo não necessita para uso pessoal ou seu valor monetário (3) Piromania – caracteriza-se pela tendência; atear fogo intencionalmente a vários objetos, a fim de aliviar tensões ou obter prazer; (4) Jogo patológico - caracteriza-se pelo envolvimento patológico em vários jogos de azar; (5) Tricotilomania - consiste na tendência incontrolável de puxar e puxar cabelos; para relaxar ou obter prazer, o que leva à perda maciça de cabelos na cabeça e no corpo (6) Transtorno de impulso inespecífico - caracterizado pela presença de sintomas específicos de transtornos de impulso, que não atendem aos critérios das doenças apresentadas anteriormente; !![b]7.2. Epidemiologia !![/b]!![b]7.2.1. TRANSTORNO EXPLOSIVO INTERMITENTE!![/b]Epidemiologia- não existem dados epidemiológicos claros, mas estima-se que seja um distúrbio bastante raro;- episódios de comportamento violento são mais frequentes em homens do que em mulheres. A evolução e o prognóstico do. transtorno - o transtorno pode começar desde o final da adolescência até os 30 anos - o início pode ser abrupto, sem diagnóstico do DSM IV - Critérios diagnósticos a presença de vários episódios distintos de agressão incontrolável, que resultam em ataque a pessoas ou destruição de sua propriedade. ; a agressão expressa durante os episódios é muito desproporcional em relação aos estressores psicossociais que poderiam tê-la desencadeado; os sintomas não são devidos ao uso de substâncias ou a uma condição médica geral. Diagnóstico diferencial O transtorno com o qual é feito um diagnóstico diferencial Índices de diferenciação Delirium, demência, abuso de substâncias, alteração de personalidade devido a uma condição médica geral.- O principal critério de diferenciação refere-se à associação etiológica da sintomatologia com a presença de uma condição médica geral , condições neurológicas ou substâncias de abuso de drogas. Comportamento intencional e simulação - Distingue-se pela presença de motivação e pelo benefício obtido ao cometer atos agressivos. !![b]7.2.2. CLEPTOMANIA do transtorno: (1) Curso esporádico, com episódios curtos de sintomas e longos períodos de remissão; (2) Curso episódico, com longos períodos de sintomas e períodos de remissão; DSM IV – Critérios diagnósticos falhas recorrentes no controle do impulso de roubar objetos que o indivíduo não necessita para uso pessoal ou o seu valor monetário exacerbado imediatamente antes de cometer o ato é seguido de relaxamento, sensação de prazer; gratificação; o roubo não é cometido com fins de vingança, por raiva ou como consequência de delírio.ou alucinações. Diagnóstico diferencial O transtorno com o qual é feito o diagnóstico diferencial Índices de diferenciação Roubo intencional, planejado ou espontâneo - Atos deliberados e motivação extrínseca (roubo intencional) versus roubo motivado pela necessidade de aliviar a tensão e obter gratificação (simulação de cleptomania). critério consiste na busca de um benefício externo ou evitar uma punição (simulação) Transtorno de personalidade antissocial, transtorno de conduta - Padrão geral de comportamento antissocial (transtorno de personalidade e conduta) versus os atos criminosos são reduzidos ao roubo de objetos sem valor pessoal ou monetário (cleptomania). Episódios maníacos, esquizofrenia, demência.- Roubos que ocorrem exclusivamente dentro de episódios maníacos, como consequência de delírio e alucinações ou no contexto de demência não são diagnosticados como cleptomania.!![b] !![/b] !![b]7.2 .3. PIRÔMANIA!![/b] Epidemiologia- Para esse transtorno, os dados epidemiológicos são insuficientes; no entanto, o distúrbio é considerado relativamente raro - Ocorre com mais frequência em homens do que em mulheres, especialmente naqueles com habilidades sociais deficientes e dificuldades de aprendizagem. - O curso longitudinal do distúrbio é desconhecido; Os atos intencionais de incêndio criminoso são periódicos e podem variar em frequência. Diagnóstico DSM IV – Critérios diagnósticos: ações incendiárias intencionais, manifestadas em diversas ocasiões, são precedidas por uma escalada de tensão e excitação pelo fogo e pelo fogo; contexto situacional do mesmo (consequências, utilização, etc.); o ato de incêndio criminoso ou ser testemunha ou participante de suas consequências gera prazer ou relaxamento; o ato de incêndio criminoso não é motivado por ganho monetário, mascaramento de um crime, expressão de raiva, vingança, expressão de ideologia sócio-política, melhoria das condições de vida, delírio, alucinações ou outros transtornos mentais graves). Diagnóstico diferencialTranstorno com o qual é feito um diagnóstico diferencialIndícios de diferenciaçãoGanho de dinheiro, mascaramento de crime, expressão de raiva, vingança, expressão de ideologia sócio-política, melhoria das condições de vida, delírio, alucinações ou outros transtornos mentais graves, tentativas experimentais de crianças ou tentativas por pessoas com transtornos mentais para comunicar desejos ou necessidades.- O critério de diferenciação consiste no objetivo perseguido: o prazer do ato em si, sem qualquer benefício externo (piromania). !![b]7.2.4. JOGO PATOLÓGICO!![/b]Epidemiologia- Na população em geral, a prevalência é de 1%-3%;- Cerca de 1/3 das pessoas que sofrem deste distúrbio são mulheres, mas apenas uma pequena parte delas está incluída em programas de terapia devido às reações sociais mais negativas no seu caso, em comparação com os homens - Aproximadamente 20% das pessoas incluídas no tratamento para jogo patológico tiveram pelo menos uma tentativa de suicídio. A evolução e o prognóstico do transtorno - O transtorno geralmente começa. no início da adolescência no caso dos homens e um pouco mais tarde no caso das mulheres - O início é, na maioria dos casos, insidioso, sendo o distúrbio precipitado pelo aparecimento de um estressor; - Os sintomas podem manifestar-se de forma regular ou episódica; curso da doença ser crônico; - A tendência para jogar é acentuada durante períodos de forte estresse ou depressão. Diagnóstico DSM IV – Critérios diagnósticos envolvimento persistente e recorrente em jogos de azar, indicado por cinco ou mais das seguintes manifestações: (1) preocupação aumentada. com o jogo (2) a necessidade de apostar quantias cada vez maiores de dinheiro para obter a sensação desejada (3) tentativas repetidas e mal sucedidas de controlar, reduzir ou parar o comportamento do jogo;irritabilidade e agitação como resultado de tentativas de reduzir ou parar o comportamento de jogo (5) o jogo é uma forma de escapar de problemas ou de um humor disfórico (por exemplo, sentimentos de desamparo, culpa, ansiedade, depressão (6) após perder uma quantia); de dinheiro em um jogo, retorna para se vingar; (7) deturpa a situação para a família, terapeuta ou outras pessoas, a fim de esconder a magnitude do seu envolvimento no jogo; 8) cometeu atos ilegais como fraude, falsificação, roubo ou roubo; peculato para obter o dinheiro necessário para praticar jogos de azar; (9) perdeu ou colocou em risco um relacionamento interpessoal, uma oportunidade de carreira ou um emprego devido ao jogo; (10) depende de outras pessoas para lhe fornecer o dinheiro necessário para pagar o jogo; dívidas. O comportamento da pessoa não é explicado pela presença de um episódio maníaco. Diagnóstico diferencial A perturbação com a qual é feito o diagnóstico diferencial Índices de diferenciação Jogo profissional - riscos limitados e disciplina rigorosa (jogo profissional) versus riscos ilimitados e falta de disciplina (jogo patológico - duração limitada do jogo e quantidade de perdas). aceito por padrão (jogo social) versus duração ilimitada do jogo e quantidade de perdas (jogo patológico) - o comportamento de jogo compulsivo ocorre apenas durante o episódio maníaco (episódios maníacos) versus o comportamento de jogo compulsivo também ocorre na ausência de outro. sintomas específicos de episódios maníacos (jogo patológico). !![b]7.2.5. TRICOTILOMANIA!![/b]Epidemiologia - não existem dados epidemiológicos sistemáticos para este distúrbio; - estudos recentes mostram que aproximadamente 1%-2% dos estudantes têm episódios de tricotilomania em sua história pessoal; homens (a proporção é aproximadamente a mesma em crianças de ambos os sexos). A evolução e o prognóstico da doença - o início localiza-se frequentemente na infância, com sintomatologia acentuada entre os 5-8 anos e por volta dos 13 anos - em idade jovem; idade, arrancar cabelos pode ocorrer como “mau hábito”, não patológico – algumas pessoas apresentam sintomas contínuos por décadas; outras vezes, o curso da doença é marcado por remissões e recorrências - as áreas do corpo das quais o cabelo é arrancado podem variar ao longo do tempo. Diagnóstico do DSM IV - Critérios de diagnóstico arrancamento de cabelo recorrente e incontrolável, o que leva à perda maciça de cabelo. cabelos na cabeça e no corpo; a acentuação da tensão imediatamente antes de cometer o ato compulsivo ou quando está bloqueada, cometer o ato impulsivo leva ao prazer, ao relaxamento a sintomatologia não é devida a outra doença mental ou a uma condição médica geral, a; perturbação causa sofrimento e incapacidade em áreas sociais, ocupacionais ou outras áreas da vida. Diagnóstico diferencial Distúrbio com o qual é feito o diagnóstico diferencial. Índices de diferenciação Causas biológicas de alopecia ou alopecia como consequência de delírio e alucinações - o principal critério de diferenciação consiste na ausência de comportamento de arrancar cabelos (causas biológicas de alopecia). respectivamente, a presença de uma doença mental e a manifestação do comportamento compulsivo como consequência de delírio ou alucinações - o comportamento repetitivo se manifesta como resposta a uma obsessão ou de acordo com regras estritamente aplicadas (TOC) versus comportamento compulsivo. se apresenta com a finalidade de desestressar, sem seguir regras pré-estabelecidas (tricotilomania). Estereótipos - o comportamento compulsivo limita-se a puxar cabelos (tricotilomania) versus o comportamento compulsivo se manifesta de outras formas (transtornos factícios). voltado para a finalidade do comportamento: assumir o papel de doente(transtornos factuais) versus dissuasão e busca de prazer (tricotilomania). !![b]7.3. Etiologia!![/b] (1) Explicação biológica A culpa é de certos fatores biológicos relacionados ao sistema límbico (2) Explicação psicanalítica Alguns psicanalistas consideram os atos impulsivos como mecanismos de enfrentamento da ansiedade e da depressão, enquanto outros acreditam que são mecanismos de defesa contra o sistema límbico. consciência de certos impulsos específicos dos quatro estágios de desenvolvimento (especialmente o oral (3) Explicação cognitivo-comportamental Ao nível do sistema cognitivo existem certos padrões de baixa tolerância à frustração e pensamento absolutista). A interação desse padrão cognitivo com estímulos externos resulta em um estado de tensão (posteriormente aparece uma associação entre os estímulos externos e o estado de tensão). Os atos impulsivos são o resultado do desestressamento, sendo esses comportamentos, portanto, reforçados negativamente.!![b]7.4. Tratamento!![/b]Técnicas cognitivo-comportamentais para reduzir a tensão associada ao transtorno, controlando comportamentos desadaptativos. !![b]Tema 8. problemas de relacionamento!![/b]!![b]8.1. Visão geral!![/b]Os problemas de relacionamento dizem respeito principalmente ao casal e à família. Numa perspectiva cognitivo-comportamental (integrativa), o casal e a família são vistos como redes, nas quais os problemas podem surgir a vários níveis, sendo estes: - ao nível dos componentes da rede - os problemas mentais ou médicos do indivíduo afectam o funcionamento de toda a rede;- ao nível da interação entre os componentes da rede - existem problemas de comunicação entre os membros da rede. Os problemas podem levar à exacerbação ou complicação do tratamento de doenças mentais ou somáticas no caso de uma ou mais redes. membros, podem ser consequência desses distúrbios, podem aparecer independentemente de outros distúrbios presentes ou na ausência de quaisquer outros distúrbios. Dependendo do segmento em que há deficiências, diversas variantes podem aparecer: (1) deficiências apenas no. nível do modo de interação entre os membros da rede; (2) deficiências ao nível dos membros da rede e ao nível da interação entre eles (3) deficiências ao nível dos membros da rede e não ao nível da interação entre eles; 4) não existem deficiências nem ao nível dos membros da rede nem ao nível da interacção entre eles.!![b]8.2. Tipos de problemas de relacionamento!![/b](1) Problemas de relacionamento associados a um transtorno mental ou condições médicas gerais – o problema alvo são as dificuldades de relacionamento que surgem como consequência do fato de um dos membros da rede sofrer de um transtorno mental ou doença somática.(2) Problemas relacionais entre pais e filhos – o alvo da intervenção é representado pelo padrão de interação pais-filhos (comunicação difícil, superproteção, disciplina inadequada). Estes problemas provocam grandes dificuldades no seio da família ou o surgimento de algumas perturbações de intensidade clínica na criança ou nos pais (3) Problemas relacionais no casal - neste caso, o alvo da intervenção é o padrão de interação entre parceiros/cônjuges. Caracteriza-se por comunicação disfuncional (por exemplo, críticas exageradas), comunicação distorcida (por exemplo, expectativas irrealistas) ou falta de comunicação; esses problemas causam grandes dificuldades na família ou o aparecimento de distúrbios de intensidade clínica em um ou ambos os parceiros. Considera-se que, num casal, existem quatro grandes fontes de problemas: Conflito pelo outro (fator altamente preditivo para). divórcio); crenças irracionais; a crença de que “devo estar certo porque o digo”. (4) Problemas relacionais entre irmãos - o principal problema é o padrão disfuncional de interação entre irmãos, que provoca grandes dificuldades no seio da família ou o aparecimento de distúrbios de intensidade clínica em um ou mais dos irmãos (5).Problemas relacionais não especificados – esta categoria refere-se a problemas relacionais, que não podem ser incluídos em nenhuma das categorias anteriormente especificadas (ex. dificuldades relacionadas com colegas).!![b]8.3. Tratamento!![/b]Modelos de intervenção ao nível da comunicação: (a) análise transacional; (b) técnicas cognitivo-comportamentais - modificação de comportamentos e cognições desadaptativas, papel educativo.!![b]8a. TRANSTORNOS DO SONO!![/b]!![b]8a.1. Classificação dos distúrbios do sono!![/b]Os distúrbios do sono são classificados em: distúrbios primários do sono (dissonias e parassonias relacionadas a outro distúrbio mental do sono devido a um distúrbio do sono induzido por uma substância); !![b]8a.1.1. Distúrbios primários do sono!![/b]1. As dissonias são caracterizadas por anormalidades na quantidade, qualidade ou regulação do sono. São distúrbios primários do início e manutenção do sono ou sonolência excessiva e são caracterizados por um distúrbio na quantidade, qualidade ou oportunidade do sono. Eles incluem insônia primária, hipersonia, narcolepsia, distúrbios respiratórios do sono, distúrbios do sono do ritmo circadiano e dissonia não especificada de outra forma, com duração de pelo menos um mês (critério A) e causando sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo ocupacional, social ou. outras áreas importantes de funcionamento. O distúrbio do sono não ocorre exclusivamente no curso de outro distúrbio do sono (C) ou transtorno mental (D) e não é devido aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância ou de uma condição médica geral (E). elemento sonolência excessiva durante pelo menos um mês e que se manifesta por episódios de sono prolongados ou por episódios de sono durante o dia, ocorrendo quase diariamente (critério A é caracterizada por ataques repetidos e irresistíveis de sono reconfortante, cataplexia e intrusões recorrentes de sono). elementos do sono com movimentos rápidos dos olhos durante o período de transição entre o sono e a vigília, esses ataques ocorrem diariamente durante pelo menos três meses. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância. Os distúrbios respiratórios do sono são caracterizados pela interrupção do sono, levando à sonolência excessiva ou à insônia, considerada devida a anormalidades na ventilação durante o sono (apneia do sono ou hipoventilação alveolar central). A perturbação não pode ser melhor explicada por outro transtorno mental e não é devida aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância. O distúrbio do ritmo sono-vigília é caracterizado por um padrão persistente ou recorrente de interrupção do sono, que resulta de uma inadequação entre o sono circadiano endógeno. -sistema de vigilância do indivíduo, por um lado, e as demandas externas referentes ao horário e duração do sono, por outro (critério A). Os indivíduos podem queixar-se de insônia em determinados momentos do dia e de sonolência excessiva em outros. As dissonias sem qualquer outra especificação referem-se a insônia, hipersonias ou distúrbios do ritmo circadiano que não atendem aos critérios para qualquer dissonia específica 2. As parassonias são caracterizadas por eventos comportamentais ou fisiológicos anormais que ocorrem em associação com o sono, com estágios específicos do sono ou transições sono-vigília. O pesadelo consiste na ocorrência repetida de sonhos aterrorizantes que levam ao despertar do sono (critério A). O indivíduo está totalmente alerta e orientado para a vigília (B). Sonhos aterrorizantes ou interrupções do sono decorrentes de despertares causam sofrimento ao indivíduo ou levam a disfunções sociais ou profissionais. Este distúrbio não é diagnosticado se os pesadelos ocorrerem exclusivamente duranteA evolução de outro transtorno mental ou é decorrente dos efeitos fisiológicos de outra substância tem como elemento essencial a ocorrência repetida de terrores noturnos, ou seja, despertares repentinos do sono, geralmente iniciados com um grito ou grito de pânico (critério A). ). Os terrores noturnos geralmente começam durante o primeiro terço do episódio principal de sono e duram de 1 a 10 minutos. Episódios acompanhados de excitação vegetativa e manifestações comportamentais de medo intenso (B). Durante o episódio, o indivíduo apresenta dificuldade para acordar ou sono (C). Ao acordar, na manhã seguinte, o indivíduo apresenta amnésia para o evento (D). O sonambulismo é caracterizado por episódios repetidos de comportamento motor complexo iniciados durante o sono, envolvendo levantar da cama e caminhar. Os episódios começam durante o sono de ondas lentas, no primeiro terço da noite (critério A). Durante os episódios, o indivíduo apresenta redução do estado de alerta e reatividade, olhar vazio e relativa falta de reatividade à comunicação com os outros ou aos esforços dos outros para acordá-los do sono (B). Se acordar durante o episódio, o indivíduo se lembra muito pouco dos acontecimentos (C). Após o episódio, inicialmente pode haver um breve período de confusão ou dificuldade de orientação, seguido de recuperação completa da função cognitiva e do comportamento adequado (D). As parassonias sem outra especificação referem-se a distúrbios caracterizados por eventos comportamentais ou fisiológicos anormais durante o sono ou sono. -transições de vigília, mas que não atendem aos critérios para qualquer parassonia específica 8a.1.2. Insônia relacionada a outro transtorno mental Hipersonia relacionada a outro transtorno mental O elemento essencial da insônia relacionada a outro transtorno mental e da hipersônia relacionada a outro transtorno mental é a presença de insônia ou hipersonia, que é considerada relacionada temporal e causal com outro transtorno mental. transtorno. A insónia ou hipersónia, que é a consequência fisiológica direta de uma substância, não está incluída aqui. Os indivíduos com este tipo de insónia ou hipersónia concentram-se geralmente na perturbação do sono, chegando ao ponto de excluir os sintomas característicos da doença mental em que se encontram. ocorrem e cuja presença só pode se tornar evidente após um interrogatório específico e persistente. Frequentemente atribuem os sintomas do transtorno mental ao fato de não dormirem bem. Transtornos mentais que envolvem insônia ou hipersonia: - transtorno depressivo maior; - transtorno afetivo bipolar; distúrbios; - no caso de ataques de pânico noturnos; Perturbação do sono devido a uma condição médica geral O elemento essencial da perturbação do sono devido a uma condição médica geral é uma perturbação do sono perceptível que é suficientemente grave para justificar atenção clínica separada (critério A) e é devida a uma condição médica geral. Os sintomas podem incluir insônia, hipersonia, parassonia ou uma combinação destes. O exame somático deve mostrar que o distúrbio do sono é a consequência fisiológica direta de uma condição médica geral (critério B). como um transtorno de ajustamento, em que o estressor é uma condição médica grave (critério C). O diagnóstico não é feito se o distúrbio do sono ocorre apenas durante um delirium (critério D). relacionados à respiração ou à narcolepsia não estão incluídos nesta categoria (critério E). Os sintomas do distúrbio do sono devem causar sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo nos domínios social, ocupacional ou outros.áreas de atuação importantes (critério F). Perturbação do sono induzida por uma substância O elemento essencial é a perturbação perceptível do sono e que se considera ser devida aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância. A perturbação do sono induzida por uma substância ocorre mais frequentemente no caso de intoxicação pelas seguintes classes de substâncias. substâncias:- Álcool - anfetaminas e estimulantes semelhantes; Distúrbios clínicos de crianças e adolescentes!![/b]Refere-se a distúrbios geralmente diagnosticados pela primeira vez durante a primeira infância, infância ou adolescência. Os distúrbios clínicos de crianças e adolescentes incluem:1. Retardo mental É caracterizado por um funcionamento intelectual significativamente abaixo da média (QI de aproximadamente 70 ou menos) com início antes dos 18 anos e por déficits ou deficiências concomitantes no funcionamento adaptativo. São fornecidos códigos separados para retardo mental leve, moderado, grave e profundo. Bem como para retardo mental de gravidade não especificada 2. Distúrbios de aprendizagem Caracteriza-se por um funcionamento escolar substancialmente abaixo do esperado, dada a idade cronológica da pessoa, a inteligência medida e a escolaridade adequada à idade. Os transtornos específicos incluídos nesta seção são dislexia (distúrbio de leitura), discalculia (distúrbio de cálculo), disgrafia (distúrbio de expressão gráfica) e transtorno de aprendizagem sem qualquer outra especificação 3. Distúrbio das habilidades motoras Inclui o distúrbio do desenvolvimento da coordenação, que se caracteriza por uma coordenação motora substancialmente abaixo do esperado, dada a idade cronológica e a inteligência medida da pessoa 4. Os distúrbios de comunicação são caracterizados por dificuldades de fala ou linguagem, e incluem distúrbio de linguagem expressiva, distúrbio misto de linguagem receptiva e expressiva, distúrbio fonológico, gagueira e distúrbio de comunicação sem qualquer outra especificação5. Os transtornos invasivos do desenvolvimento são caracterizados por déficits graves e deterioração generalizada em múltiplas áreas do desenvolvimento. Estes incluem prejuízo na interação social recíproca, prejuízo na comunicação e presença de comportamentos, preocupações e atividades estereotipadas. Os transtornos específicos incluídos nesta seção são transtorno autista, transtorno de Rett, transtorno desintegrativo da infância, transtorno de Asperger e transtorno invasivo do desenvolvimento sem outra especificação. Déficit de atenção e transtornos de comportamento disruptivo. Esta seção inclui transtorno de déficit de atenção/hiperatividade, que é caracterizado por sintomas de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade. São fornecidos subtipos para especificar a presença da síndrome predominante: tipo predominantemente desatento, hiperativo-impulsivo e combinado. Também estão incluídos os transtornos disruptivos de comportamento: transtorno de conduta, caracterizado por um padrão de comportamento que viola os direitos fundamentais de outras pessoas ou as principais normas ou regras sociais apropriadas à idade; transtorno de oposição desafiador, caracterizado por um padrão de comportamento negativo, hostil e desafiador. Esta seção também inclui duas categorias não especificadas de outra forma: transtorno de déficit de atenção/hiperatividade sem outra especificação e transtorno de comportamento perturbador sem outra especificação.7. Transtornos alimentares e do comportamento alimentar da primeira infância Esses transtornos são caracterizados por distúrbios persistentes na alimentação e no comportamento alimentar. Os transtornos específicos incluídos são pica, ruminação e transtorno alimentar da primeira infância 8. Os tiques são caracterizados por tiques motores e/ou vocais. Os distúrbiosespecífico inclui transtorno de Tourette, tique motor ou vocal crônico, tique transitório e tique não especificado.9. Distúrbios de eliminação Esta categoria inclui a encoprese, eliminação de fezes em locais inadequados e falta de controle, e enurese, eliminação repetida de urina em locais inadequados e falta de controle 10. Outros transtornos da infância, infância ou adolescência. A ansiedade de separação é caracterizada por ansiedade excessiva e inapropriada em termos de desenvolvimento por estar separada de casa ou daqueles a quem a criança está apegada. O mutismo seletivo refere-se à incapacidade persistente de falar em situações sociais específicas, apesar de falar em outras situações. O transtorno de apego reativo da primeira infância é caracterizado por um relacionamento social inapropriado em termos de desenvolvimento e marcadamente perturbado que ocorre na maioria dos contextos e está associado a cuidados grosseiramente patogênicos. O transtorno do movimento estereotipado é caracterizado por um comportamento motor não funcional, aparentemente impulsivo e repetitivo, que interfere consideravelmente nas atividades normais e às vezes pode levar a lesões corporais. Transtorno da infância, infância ou adolescência sem outra especificação refere-se a transtornos com início na primeira infância, infância ou adolescência que não atendem aos critérios para qualquer transtorno específico na classificação.!! !!!!TAREFAS PARA TRABALHO INDIVIDUAL!!1. Realize a análise funcional dos sintomas de dois transtornos dentro de cada módulo. Descreva-os em termos de duração, frequência e intensidade 2. Crie uma árvore de decisão contendo questões-chave para orientá-lo no estabelecimento de um transtorno mental de sua escolha em cada módulo 3. Crie a descrição de um caso ideal que atenda aos critérios diagnósticos para um dos transtornos, para cada módulo. Em seguida, faça previsões sobre como o sujeito pensa, se comporta e se sente em cada uma das seguintes situações: ü Quando tem uma perda na família; ü Quando é rejeitado pelo companheiro; ü Quando conhece novas pessoas; ter aproximadamente meia página. Relatório psicológico / Relatório de pesquisa Relatório psicológico Relatório de pesquisa¨ Nome, sobrenome e filiação do autor¨ Destino/objetivo do relatório Histórico do caso (aprox. 750 palavras) Dados de identificação Principais acusações História do transtorno atual (emocional). , comportamentais, cognitivos, sintomas fisiológicos, mecanismos de enfrentamento, estressores atuais) História psiquiátrica História pessoal e social História médica Estado mental Diagnóstico DSM IV Formulação do caso (aprox. 500 palavras) Fatores precipitantes Exame de cognições e comportamentos atuais Exame longitudinal (evolução ao longo tempo) de cognições e comportamentos Aspectos positivos do tema Hipótese de trabalho Plano terapêutico (aprox. 250 palavras) Lista de problemas Objetivos terapêuticos¨ Nome, sobrenome e filiação do autor¨ Destino / finalidade do relatório Objetivos do estudo Fundamentação teórica Metodologia Desenho Procedimento Temas Resultados obtidos Implicações – o impacto teórico e prático do estudo; direções futuras na pesquisa. AVALIAÇÃO: A avaliação dos conhecimentos declarativos e processuais adquiridos nesta unidade curricular será feita através de uma prova oral ou escrita sobre os temas do curso e do seminário (7 valores) e de um relatório (3 valores) que poderá abranger: (1) um relatório psicológico - análise de caso (diagnóstico e avaliação clínica de caso real) ou relatório de pesquisa clínica. A apresentação do relatório condiciona a aprovação na prova oral/escrita. A nota máxima na prova oral/escrita (7) exige, além dos materiais obrigatórios (o texto de apoio da disciplina - 5 valores) e o estudo dos sites da internet sugeridos no texto de apoio da disciplina e parte do.

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