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Às vezes você quer controlar tudo ao seu redor. Porque o mundo é imprevisível. Porque se você quiser fazer bem, faça você mesmo. Porque você sabe melhor. Porque o Outro não vai pensar, vai errar, vai enganar. Aí parece que você precisa saber tudo, instruir, ajudar, sugerir, administrar. Assumir tanta responsabilidade quanto seus ombros (não conseguem) suportar. De onde vem o controle excessivo? Desde a infância, quando um pequenino chega a este mundo, já não tão caloroso e protegido como o ventre materno, necessita de cuidados constantes, de tutela, de atenção e de sensibilidade materna, de fusão. Se a mãe for suficientemente sensível, se a criança se sentir segura e as suas necessidades forem maioritariamente satisfeitas, então ela crescerá sentindo que o mundo é seguro. A confiança básica no mundo é formada. Muitas vezes isso não acontece. A confiança não se forma, o mundo parece perigoso, imprevisível, às vezes até hostil. Essa pessoa tem pouca tolerância à incerteza e vive constantemente em ansiedade evidente ou de fundo. Uma forma popular de minimizar a incerteza e lidar com a ansiedade é controlá-la. Isto inclui crianças de famílias disfuncionais e alcoólatras. Que cresceram como pais dos pais, procurando um pai bêbado, arrastando-o para a cama, esquivando-se de golpes e enxugando o vômito às três da manhã. Fechavam portas e janelas, escondiam garrafas e dinheiro, preparavam jantares e mentiam para os vizinhos. Eles cuidavam daqueles que deveriam cuidar deles. Aquelas crianças que percebiam pelo som dos passos no corredor se ia haver escândalo, aquelas que ficavam paralisadas como ratos, sentadas debaixo da mesa. Para eles, o controle era um meio de sobrevivência. Eles levaram consigo esse comportamento, essa forma de pensar, até a idade adulta. Mas esse controle é uma ilusão, um autoengano. Agora direi uma frase que pode causar perplexidade e indignação e, em alguns, talvez até agressão: você não é você. pode controlar outra pessoa. Seus pensamentos, motivos, necessidades, desejos, valores. Seu marido pode trair, apesar de você ter todas as senhas das redes sociais dele e um rastreador GPS no seu telefone. A criança vai tirar o chapéu assim que passar pela esquina da casa. Sim, você pode obrigar as pessoas a fazerem o que você quiser por algum tempo. Você pode transmitir sua ideia a alguém repetidamente (e6at brains), manipular, ameaçar. E sim, alguém vai desistir, se curvar, ceder. À custa de relacionamentos, confiança, intimidade, abertura, felicidade. Alguém dirá: Isso não é controle, eu só me importo. Eu responderei: Cuidar é o lado positivo do controle. O desejo de controle se espalhará ainda mais. Sobre acontecimentos, o mundo, passado, presente, futuro. O homem se torna deus. Deus do controle, gestor todo-poderoso e árbitro dos destinos. Felizmente, apenas na minha cabeça, caso contrário, com tantos deuses obstinados, nosso planeta já teria sido destruído. Lembra-se da frase “Se você quer fazer Deus rir, conte-lhe sobre seus planos”? Trata-se da nossa incapacidade de controlar até mesmo as nossas próprias vidas, para não mencionar outras pessoas e acontecimentos. - Primeiro, observe suas tentativas de controlar os outros. Pergunte a si mesmo: posso realmente influenciar isso? - Analise sua área de responsabilidade e controle. Existe uma ferramenta maravilhosa para isso na TCC - “Círculo de Controle” - Tente perceber sua falta de onipotência. Aliás, cair do Olimpo dói. - Trabalhe duro na terapia. “Dê-me inteligência e paz de espírito para aceitar as coisas que não posso mudar, coragem para mudar as coisas que posso e sabedoria para saber a diferença.”».

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